Luis Montenegro questiona oportunidade da greve-geral

O primeiro-ministro não percebeu "o sinal que se quer dar com a greve geral" e lembrou que a revisão da lei laboral é ainda "um anteprojeto" a negociar.

RTP /
"Eu tenho direito à minha opinião" como primeiro-ministro, "não há razões para haver uma greve geral neste momento", afirmou Luís Montenegro.

O primeiro ministro reconheceu que "estamos perante muitos desafios para superar" e que "há muitas reivindicações que serão justas e que terão sustentação para um diálogo social" com as entidades empregadoras, incluindo o Estado. 

"A capacidade reivindicativa não está em causa" sublinhou ainda, caucionando contudo que ela "deve ser exercida com sentido de responsabilidade".

Mas Portugal é um país que, "neste momento, fruto destas duas circunstâncias, de valorização social por um lado e por outro diminuição dos impostos, foi no ano passado, em 2024, aquele onde os trabalhadores mais rendimento viram crescer no contexto da OCDE", sublinhou.

Questionou por isso "o sinal que se quer dar ao convocar uma greve geral".

Contestando os argumentos invocados pelas duas centrais sindicais, CGTP e UGT, para marcar a greve, o primeiro-ministro acrescentou, sobre a revisão da lei laboral, que "o que está em causa não são os direitos" dos trabalhadores.

"O que está em causa é um conjunto de alterações legislativas que estão em discussão, em formação. Não há sequer uma proposta", defendeu.

"Há um anteprojeto que está em cima da mesa de negociação com todos os intervenientes na concertação social", acrescentou.
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