Macau recebeu até novembro mais turistas do que em todo o ano de 2024

A diretora dos Serviços de Turismo de Macau disse que o território recebeu 36,5 milhões de visitantes entre janeiro e novembro, mais do que em todo o ano de 2024, avançou hoje a imprensa local.

Lusa /
Gonçalo Lobo Pinheiro - Lusa

De acordo com o jornal local de língua chinesa Ou Mun Iat Pou, Maria Helena de Senna Fernandes disse na terça-feira aos jornalistas que a meta é fechar 2025 com 39 milhões de visitantes.

Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde, 39,4 milhões, fixado em 2019, antes da pandemia de covid-19.

Em Harbin, capital da província de Heilongjiang, no norte da China, Senna Fernandes sublinhou que o número de visitantes internacionais recuperou até cerca de 80% dos níveis pré-pandemia.

A dirigente falava à margem da 11.ª edição do Fórum de Economia de Turismo Global, que se realizou pela primeira vez fora de Macau.

Em agosto, Senna Fernandes apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025.

Nos primeiros dez meses do ano, Macau recebeu quase 2,97 milhões de turistas vindos do estrangeiro, mais 14,9% do que no mesmo período de 2024.

Cidadãos da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Barém e Omã passaram a estar dispensados de visto para entrar na cidade a partir de 16 de julho.

Senna Fernandes prometeu procurar a cooperação com diferentes províncias e cidades da China continental para encontrar novas formas de atrair mais visitantes internacionais para Macau.

A dirigente sublinhou que a atual política de trânsito sem necessidade de visto para viajantes estrangeiros cria "novas oportunidades para cooperação" com mais cidades chinesas, além da Grande Baía.

A Grande Baía é um projeto de Pequim que tem como objetivo criar uma metrópole mundial a partir das regiões de Macau e de Hong Kong e outras nove cidades da província vizinha de Guangdong, onde habitam mais de 80 milhões de habitantes.

Senna Fernandes recordou que as Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2026 preveem a abertura de duas delegações de Macau no sudeste asiático e no nordeste da Ásia e defende que serão "importantes pontos de desenvolvimento no futuro".

As LAG, apresentadas no final de novembro, preveem a abertura de uma delegação na Malásia e apontam também como prioridade a aposta nos turistas dos países lusófonos.

Apesar do aumento no número de turistas, o consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 9,5% nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2024.

No início de maio, a DSEC apontou a "alteração do padrão de consumo dos visitantes" como uma das principais razões para a queda de 1,3% da economia de Macau entre janeiro e março.

Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.

 

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