Macedo saúda currículo de Álvaro Santos Pereira e fala em apreço por trabalho de Centeno

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, saudou hoje o currículo de Álvaro Santos Pereira, indigitado em Conselho de Ministros para governador do Banco de Portugal, e falou em apreço pelo trabalho de Mário Centeno.

Lusa /

"Estamos a falar do `chief economist` da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico], estamos a falar de uma pessoa com uma carreira académica e com uma carreira técnica sólida", disse Paulo Macedo, destacando que o lugar é aberto a concurso público internacional.

O presidente executivo da CGD acrescentou que "é preciso dar valor" às pessoas "quando se disponibilizam para servir o país" ao saírem de cargos como o que Álvaro Santos Pereira desempenha na OCDE.

Sobre Mário Centeno, que deixa o cargo de governador depois do primeiro mandato, por não ter sido reconduzido por decisão do executivo, o gestor sublinhou que "a Caixa tem apreço pelo anterior governador".

"A Caixa tem apreço pelo anterior governador e a forma como ele se relacionou com os bancos e a forma como representou Portugal no BCE [Banco Central Europeu] e, portanto, felizmente, estamos a falar de duas personalidades bastante credíveis", concluiu, não tendo querido comentar os processos.

Na passada quinta-feira, quando confirmou a não-recondução de Centeno e anunciou a escolha de Álvaro Santos Pereira, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, considerou ser uma "melhor escolha" do que a manutenção do ex-ministro das Finanças e elogiou a Santos Pereira a "independência política", distinguindo a sua experiência governativa de há uma década da passagem direta de Centeno de ministro das Finanças para o cargo de governador.

O mandato de Centeno terminou no dia 19 de julho, mas o executivo de Luís Montenegro só anunciou o sucessor após essa data.

O PSD e o CDS elogiaram escolha do novo governador. O Chega considerou ser um nome independente. A IL manifestou dúvidas. O PS considerou que a não-recondução se deveu a razões políticas. O BE criticou por ser um nome próximo do Governo. O Livre, o PCP e o PAN contestaram a escolha de governante do período da `troika`.

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