Mais de 100 pilotos do Brasil trabalham em companhias da China e Macau
A companhia chinesa Shenzhen Airlines contratou 43 pilotos brasileiros, na sua maioria da Varig e da Rio Sul, que se vão juntar a 15 outros já a trabalhar na companhia aérea, escreve o jornal Ponto Final.
O jornal, que cita Souza Freitas, responsável pela empresa Vega Aviation - que contrata pilotos brasileiros para a China - escreve ainda que a Air Macau vai contratar também 16 co-pilotos a partir de Agosto, que se juntam aos 40 pilotos que já exercem funções na companhia aérea de Macau.
Os co-pilotos que vão ser contratados para a Air Macau são provenientes da Varig e da Rio Sul.
A Air Macau voa para destinos na China continental, Taiwan, Coreia do Sul, Tailândia e estuda a possibilidade de transformar os actuais voos charter para o Japão em carreiras regulares.
A Shenzhen Airlines, que possui capital de investidores privados chineses, da Air China e do governo de Shenzhen, voa para a China e Malásia, Tailândia e Sri Lanka.
A companhia aérea sedeada na Zona Económica Especial chinesa limítrofe a Hong Kong tem actualmente uma frota de 38 aviões número que pretende aumentar para 120 até 2014.
Os pilotos que estão a ser contratados para as companhias aéreas chines as destinam-se a operar aeronaves Boeing 737 e Airbus 320.
As companhias chinesas contrataram também pilotos da VASP e da Transbra sil, duas empresas de aviação brasileiras que faliram nos últimos anos.
"Há uma necessidade de se contratarem pilotos experientes que possam ser úteis a uma indústria que cresce a uma taxa de 15 por cento ao ano, como é a chinesa", considera ainda Souza Freitas que depois de 16 anos na Varig foi contra tado pela Shenzhen Airlines.
De acordo com a Administração Chinesa de Aviação Civil, a China vai duplicar a actual frota de 870 aparelhos para 1.580 aviões até 2010.
Nos próximos cinco anos a China investirá 13,6 mil milhões de euros na compra de aviões.
Em 2005, as 27 companhias aéreas da China transportaram 138 milhões de passageiros, um aumento de 15,5 por cento em relação a 2004.