Mário Centeno eleito ministro das Finanças do ano na Europa pelo The Banker

por RTP
Reuters

A distinção de ministro das Finanças do ano 2019 foi atribuída pela publicação The Banker, do Grupo Financial Times. Mário Centeno é elogiado pelas reformas conseguidas como presidente do Eurogrupo e enquanto ministro das Finanças português.

“O ministro das Finanças português pode olhar para os seus primeiros 12 meses como presidente do Eurogrupo com satisfação bem merecida”, começa por referir o The Banker, destacando a maratona negociO The Banker elegeu como ministro das Finanças do ano global e da zona da Ásia-Pacífico o ministro indonésio Sri Mulyani Indrawati. Nas Américas, distinguiu Felipe Larrain, do Chile, no Médio Oriente a escolha recaiu sobre Moshe Kahlon, Israel, e o ministro africano das Finanças foi Mohamed Maait, Egipto.al em dezembro que conduziu à “mais significativa reforma do bloco da moeda única desde a crise da dívida soberana. Foi encontrado acordo em dezenas de aspetos à volta da prevenção e gestão de crises financeiras no futuro”.

A publicação realça que Centeno está a “aquecer” para os próximos grandes desafios: a união bancária e a credibilidade de todo o projeto do Euro.

A publicação do grupo Financial Times relembra que a escolha de Centeno para aquele que é um dos mais prestigiados cargos no bloco europeu foi “pouco usual”, realçando que é o primeiro da Europa do sul e o primeiro originário de um país que enfrentou um programa de resgate no âmbito da crise financeira.



No seu trabalho em Portugal, Centeno é distinguido pela baixa na taxa de desemprego (de 17 por cento em 2013 para menos de 7 por cento) e pelas previsões da OCDE que apontam para um crescimento “estável” da economia portuguesa nos 2 por cento em 2019 e 2020, para o fim do défice em 2020 e para um caminho de redução firme do rácio da dívida.
Os prémios de ministros das Finanças do ano distinguem os ministros que melhor conseguiram estimular o crescimento e estabilizar a economia.
O The Banker refere a solução de “geringonça” para governar em Portugal e refere que Centeno apostou inicialmente na reestruturação e recapitalizar os cinco maiores bancos portugueses, com capital da China, EUA e Espanha, bem como fundos públicos na CGD.

Entre as “conquistas”, a publicação fala do aumento do salário mínimo e das pensões, enquanto os impostos baixaram para corporações e para pessoas com baixos rendimentos, bem como um retomar do investimento público em 2017.

“Mr Centeno ganhou o elogio dos 19 membros do Eurogrupo e por ser mais conciliatório do que o por vezes abrasivo antecessor, Jeroen Dijsselbloem”, diz o The Banker.

Mário Centeno já reagiu, numa publicação no Twitter, onde agradeceu a distinção enquanto ministro português e presidente do Eurogrupo.




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