Mário de Almeida diz que falência "não implica directamente" fábrica de Vila do Conde

por © 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Porto, 23 Jan (Lusa) - O presidente da Câmara de Vila do Conde afirmou hoje que a falência da multinacional alemã Qimonda "não implica directamente" a fábrica de Vila do Conde, mas admitiu não ter garantias de que não haverá despedimentos em Portugal.

Em conferência de imprensa para reagir ao anúncio da entrada, no Tribunal Administrativo de Munique, do processo de falência da Qimonda AG, Mário de Almeida, que hoje se reuniu com a administração da unidade de Portugal, destacou que esta depende directamente da `holding` da Holanda e não da Alemanha.

"A situação da fábrica da Alemanha não implica directamente com a Qimonda de Vila do Conde", disse, embora admitindo não ter obtido garantias de que não vão existir despedimentos em Portugal.

De acordo com o autarca, o Governo português reiterou-lhe a disponibilidade de apoiar a empresa em 100 milhões de euros, como estava previsto, sendo este "um problema para ser acompanhado de perto".

É que, destacou, a Qimonda emprega 1.700 pessoas em Vila do Conde e foi o maior investimento feito no Norte do país, pelo que o seu eventual encerramento seria "um factor negativo para a economia", que iria causar "muita instabilidade".

Segundo disse à agência Lusa um trabalhador da Qimonda de Vila do Conde, o "clima de instabilidade" é já uma realidade na empresa, estando os funcionários "preocupados", apesar de as notícias de despedimentos não serem já recentes.

A Qimonda, o maior exportador português, entrou hoje em processo de falência, não tendo conseguido completar a tempo o processo de levantamento do empréstimo de 325 milhões de euros necessário para o seu salvamento.

Neste processo de financiamento iriam participar bancos portugueses, para além de um empréstimo de 150 milhões de euros por parte do Estado alemão da Saxónia e um empréstimo de 75 milhões de euros da Infineon, maior accionista da Qimonda.

MYV/PD.


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