António Cotrim - Lusa
Pedro Reis esteve presente em Davos, no Fórum Económico Mundial, e diz que existe entre os governantes e empresários uma grande expetativa face ao que aí vem. E perante diversos fatores internacionais, como a tomada de posse de Donald Trump, reconhece que os próximos meses vão ser determinantes.
Donald Trump, por videoconferência, reforçou o aviso à União Europeia: venham produzir na América ou enfrentem as tarifas nas vendas para os Estados Unidos.O ministro português admite que se houver um andamento mais protecionista por parte dos Estados Unidos isso acabará por afetar todos os setores.
Pedro Reis defende que, nesta fase, os países europeus devem ser ainda mais focados e pragmáticos. A história, diz, está a acelerar e a Europa não pode ficar para trás.
Tendo em conta que os Estados Unidos são um mercado importante para as exportações nacionais, o ministro reconhece que as empresas portuguesas não têm interesse em guerras tarifárias, mas por outro lado revela que há empresas estrangeiras, dos Estados Unidos e de outros países, a mostrar interesse e curiosidade por Portugal mesmo em áreas avançadas, como a área da tecnologia.
Nesta entrevista à Antena 1, o ministro da Economia reconhece que há empresas portuguesas, sobretudo do sector automóvel, que estão a passar por grandes dificuldades.
Depois do anúncio de mais um encerramento, desta feita numa fábrica em Valença, que ameaça atirar para o desemprego mais 250 pessoas e que já levou o Partido Socialista a pedir explicações ao Governo, Pedro Reis afirma que o Executivo está a acompanhar a situação e que tem mecanismos para ajudar estas empresas que vivem momentos complicados. E depois desta semana termos assistido à maior subida dos preços dos combustíveis dos últimos tempos, Pedro Reis diz que é difícil prever se a subida se irá manter. Os mercados, diz o ministro, apresentam ainda uma grande volatilidade. Donald Trump anunciou um aumento da extração de petróleo e gás. O novo presidente dos Estados Unidos quer ver o país a vender estes combustíveis fósseis para todo o mundo. "We will drill, baby, drill" foi a expressão que usou. O ministro da economia, no regresso de Davos, diz que não ficou com a ideia de que esta estratégia venha a implicar um abrandamento no ritmo de conversão em energias renováveis.