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Navio turco no centro das tensões do Mediterrâneo volta ao porto

por Lusa

A Turquia anunciou hoje o regresso ao porto de um dos seus navios de exploração, cuja atividade numa área potencialmente rica em hidrocarbonetos no Mediterrâneo oriental tem causado tensões com a Grécia e a Europa.

"O nosso navio sísmico Oruç Reis concluiu as suas pesquisas lançadas no dia 10 de agosto", anunciou o Ministério da Energia turco na rede social Twitter.

A embarcação, de acordo com as autoridades turcas, recolheu dados sobre uma área que se estende por "10.955 quilómetros quadrados" no Mediterrâneo, antes de ter regressado ao porto de Antalya, no sul da Turquia.

A descoberta, nos últimos anos, de grandes campos de gás no Mediterrâneo oriental deu início a uma corrida pelo "ouro azul" e suscitou antigas disputas territoriais.

Nesse contexto, a Turquia provocou a ira da Grécia e do Chipre ao liderar missões de exploração em águas reivindicadas por Atenas e Nicósia.

As tensões entre Atenas e Ancara intensificaram-se com o envio, em agosto, pela Turquia do Oruç Reis, escoltado por navios de guerra, para explorar a ilha grega de Kastellorizo, a dois quilómetros da costa turca.

O Oruç Reis já tinha regressado ao porto em setembro, o que foi interpretado na altura pela Grécia e União Europeia como um sinal de apaziguamento.

Porém, Ancara descartou qualquer retirada e devolveu a embarcação à exploração na área a 12 de outubro, o que levou a Grécia a denunciar uma "ameaça direta à paz".

As tensões entre os dois países diminuíram um pouco depois do terramoto que atingiu os dois países no final de outubro, mas a extensão da missão do Oruç Reis provocou fortes reações da Grécia, que pede medidas da União Europeia contra a Turquia.

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