Negociações para salvar a empresa ainda decorrem

por © 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Berlim, 23 Jan 8Lusa) - Os esforços para salvar a Qimonda, que hoje requereu falência no Tribunal Administrativo de Munique, prosseguem e ainda não estão terminados, disse hoje em Berlim, um porta-voz do Ministério federal da Economia.

"As conversações ainda estão a decorrer", acrescentou a mesma fonte, adiantando ainda que o ministério em questão, tal como o governo regional da Saxónia, continuam a apoiar activamente o processo.

No entanto, segundo o ministro da economia da Saxónia, Thomas Jurk, "não estão criadas as condições" para ajudas financeiras á Qimonda, "devido à ausência de um plano comercial".

O porta-voz do Ministério da Economia em Berlim reconheceu também que não estão criadas as condições para que o governo aprove uma fiança em favor da Qimonda, que solicitou um financiamento adicional de 300 milhões de euros, depois de o governo regional da Saxónia, Portugal e o principal accionista, a Infineon, terem concordado em Dezembro com um financiamento de 325 milhões de Euros.

Portugal aprovou a concessão de um empréstimo de 100 milhões de Euros, através de um consórcio de bancos portugueses, enquanto o governo da Saxónia contribuiu com 150 milhões de Euros e a Infineon disponibilizou na altura 75 milhões de Euros.

A Qimonda emprega cerca de 1200 trabalhadores na unidade de produção de Vila do Conde, e é o maior exportador português.

A nível mundial, a empresa alemã tem mais de 12 mil empregados, 3200 dos quais na fábrica principal, em Dresden (Saxónia), cujo funcionamento é essencial para fornecer componentes à fábrica de Vila do Conde.


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