Nelson Tanure renuncia ao cargo de administrador na Pharol antes da assembleia-geral

por Lusa

O empresário brasileiro Nelson Tanure renunciou ao cargo de membro não executivo do Conselho de Administração da Pharol, dias antes da assembleia-geral para a sua destituição, de acordo com um comunicado divulgado esta terça-feira na CMVM.

"A Pharol, SGPS S.A. anuncia que Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure renunciou [...] ao respetivo cargo de membro não executivo do Conselho de Administração da Pharol", lê-se na informação remetida hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em 21 de novembro, os acionistas da Pharol anunciaram que iriam deliberar em 18 de dezembro em assembleia-geral extraordinária a redução do número de membros do Conselho de Administração para seis, com consequente "destituição imediata" de três dos atuais nove administradores.

Nos termos do ponto um da convocatória para a assembleia geral extraordinária divulgada, naquele dia, na página da CMVM, os acionistas da Pharol SGPS (ex-Portugal Telecom) serão chamados a "deliberar sobre a redução dos números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração da sociedade", de forma que o intervalo se situe entre os três a sete membros, contra os atuais nove a 11.

"Caso seja aprovada a redução dos números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração da sociedade", os acionistas irão então votar, segundo o ponto dois da ordem de trabalhos, a "destituição, com efeitos imediatos, de Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure, de Jorge Augusto Santiago das Neves e de Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond, de membros do Conselho de Administração da sociedade", dizia, na altura, a empresa.

O administrador Nelson Tanure abdicou do cargo em 06 de dezembro, saíndo, assim, antes da assembleia-geral a realizar dia 18.

Como resultado, o Conselho de Administração da Pharol passará a ser composto por seis membros, contra os atuais nove.

Apresentada pelo acionista Real Vida Seguros, a proposta de redução do número de membros do Conselho de Administração é justificada com o facto de, "ao longo dos últimos anos", ter vindo a "ocorrer uma redução do escopo da atividade da sociedade, que se limita hoje, essencialmente, à gestão da participação no capital social da Oi, SA".

"Os números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração da sociedade constante dos seus atuais estatutos foram fixados num momento em que se antevia um vasto escopo para a atividade da sociedade", sustentava a Real Vida Seguros na proposta de deliberação relativa ao ponto um, divulgada no `site` da CMVM.

Segundo recordava, "vários acionistas da sociedade têm, nomeadamente no decurso das suas últimas assembleias-gerais, vindo sistematicamente a referir que se lhes afigura que o atual número de administradores da sociedade é excessivo face à atual atividade da sociedade".

Neste contexto, foi "entendimento" da Real Vida Seguros "que a sociedade pode, na corrente fase da sua existência, ser adequadamente gerida por um Conselho de Administração compostos por seis membros".

A assembleia-geral extraordinária está marcada para as 10:30 em Lisboa.

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