Mundo
Nepal: montanhistas denunciam operações de salvamento "para ricos"
Era suposto tratar-se de uma motivação humanitária. Mas os meios técnicos e humanos enviados para o Nepal estão a ser distribuídos segundo outras prioridades.
Indignado, o montanhistas alemão Reinhold Messner denunciou aos microfones da rádio hr-info um "salvamento de duas classes", criticando o facto de serem colocados mais meios ao serviço dos montanhistas, como ele, em perigo nos Himalaias e menos ao serviço da população de Katmandu.
Segundo Messner, "no vale de Katmandu e nos desfiladeiros à volta, sucedeu uma catástrofe muito maior".
E explica: "É cínico todo este falatório à volta dos montanhistas do Monte Everest, que pagam entre 80.000 e 100.000 dólares pela escalada". Messner lembra que há no Monte Everest comida em quantidade suficiente e médicos em número suficiente, e que é sempre possível retirar as pessoas com helicópteros.
Um outro montanhista, austríaco, Peter Habeler, confirma a avaliação de Messner, sublinhando: "Estas pessoas no Monte Everest, pagam muito dinheiro e todas têm um seguro e logicamente vai haver helicopteros para evacuá-las".
Segundo Habeler, "as agências que organizam esses voos de helicóptero sabem que vão receber dinheiro por isso. E também sabem que não vão receber nada se evacuarem simples nepaleses, nomeadamente por o Governo não ter dinheiro para isso".
A rádio hr-info lembra ainda que, no momento do sismo, havia 490 turistas estrangeiros no Everest, sendo registadas nesse local 18 mortes. O Nepal, como país pobre, tem apenas seis helicópteros do Estado e mais 20 privados. Dos seis, metade foram mobilizados para o monte Everest.
No país, há até agora cerca de 3.800 mortos confirmados e milhares de feridos. Com os desaparecidos, o número de mortes poderá subir até 5.000.
Segundo Messner, "no vale de Katmandu e nos desfiladeiros à volta, sucedeu uma catástrofe muito maior".
E explica: "É cínico todo este falatório à volta dos montanhistas do Monte Everest, que pagam entre 80.000 e 100.000 dólares pela escalada". Messner lembra que há no Monte Everest comida em quantidade suficiente e médicos em número suficiente, e que é sempre possível retirar as pessoas com helicópteros.
Um outro montanhista, austríaco, Peter Habeler, confirma a avaliação de Messner, sublinhando: "Estas pessoas no Monte Everest, pagam muito dinheiro e todas têm um seguro e logicamente vai haver helicopteros para evacuá-las".
Segundo Habeler, "as agências que organizam esses voos de helicóptero sabem que vão receber dinheiro por isso. E também sabem que não vão receber nada se evacuarem simples nepaleses, nomeadamente por o Governo não ter dinheiro para isso".
A rádio hr-info lembra ainda que, no momento do sismo, havia 490 turistas estrangeiros no Everest, sendo registadas nesse local 18 mortes. O Nepal, como país pobre, tem apenas seis helicópteros do Estado e mais 20 privados. Dos seis, metade foram mobilizados para o monte Everest.
No país, há até agora cerca de 3.800 mortos confirmados e milhares de feridos. Com os desaparecidos, o número de mortes poderá subir até 5.000.