Mais de meio milhão de turistas ficaram imobilizados em várias partes do mundo, devido à falência da multinacional Thomas Cook. O Governo de Boris Johnson anunciou uma megaoperação de repatriamento que só tem precedente na evacuação das tropas britânicas em Dunquerque, junho de 1940.
Mesmo assim, o número de soldados britânicos evacuados era apenas metade dos turistas que agora ficaram encurralados pela bancarrota da Thomas Cook: 300.000 em Dunquerque, 600.000 agora. E, para ainda complicar tudo um pouco mais, os lesados da Thomas Cook encontram-se dispersos por várias partes do mundo. Se em 1940 a operação em Dunquerque durou pouco mais de uma semana, agora poderá durar várias.
A Espanha é um dos países mais atingidos pelos efeitos imediatos da bancarrota sobre os turistas. O diário espanhol El Pais fez um levantamento da situação dos lesados da Thomas Cook, sublinhando
Na Turquia, o Governo lembrou aos hoteis onde estão alojados os turistas aguardando voos de substituição que não podem cobrar diárias adicionais a esses turistas, nem expulsá-los.
que a AESA (Agencia Estatal de Seguridad Aérea) fiscaliza os aeroportos espanhóis para garantir que os passageiros sejam defendidos, ao abrigo do Regulamento Europeu 261/2004 sobre atrasos, cancelamentos e recusas de embarque.
Nas Canárias, há 30.000 passageiros encurralados pela bancarrota da agência. O presidente do Governo regional, Ángel
Víctor Torres, pediu-lhes que não se dirijam aos aeroportos e aguardem nos hoteis. A partir das2h damanhã de terça feira, começarão os voos de substituição. Mas o Governo regional prevê que a totalidade dos passageiros só tenham concluído o regresso dentro de duas semanas.