Operadores rodoviários de Lisboa vão aderir ao sistema de bilhética sem contacto
Sete operadores de transporte público da Área Metropolitana de Lisboa assinaram hoje um protocolo que visa a generalização do sistema de bilhética sem contacto através da utilização do cartão Lisboa Viva e do bilhete reutilizável Viva Viagem.
O acordo, firmado entre o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), a OTLIS - Operadores de Transporte da Região de Lisboa, e sete operadores privados da Área Metropolitana de Lisboa (AML), prevê o lançamento de um concurso público internacional para a aquisição do software, equipamentos e serviços que serão instalados em 1.600 veículos de carreiras regulares de transporte público na AML.
Durante a cerimónia de assinatura do protocolo, a secretária de Estado dos Transportes, salientou o facto deste acordo "formalizar um investimento de mais de 12 milhões de euros para que, em 2009, o conjunto dos quinze operadores de transporte público da AML estejam abrangidos pelo sistema de bilhética sem contacto".
"Trata-se de uma aposta na simplificação, na eficiência e na transparência do sistema de transportes da AML", sublinhou Ana Paula Vitorino.
Com este protocolo, os passageiros da Rodoviária de Lisboa, dos Transportes Sul do Tejo (TST), da Vimeca, da Scotturb, da Isidoro Duarte, da Joaquim Jerónimo - Transportes Rodoviários e da Henrique Leonardo da Mota vão passar a utilizar suportes comuns - o cartão Lisboa Viva e o bilhete Viva Viagem - que permitem carregar os títulos de transporte próprios ou combinados dos diversos operadores, facilitando o acesso a novos canais de venda automática e a integração dos transportes com outros serviços.
Trata-se de um investimento que rondará os 12 milhões de euros, que será comparticipado em 50 por cento pelas verbas do programa de despesas de desenvolvimento da administração central (PIDDAC) e por fundos comunitários, ficando o montante restante a cargo das empresas de transporte que se associam ao projecto.
Ana Paula Vitorino lembrou também que a partir de Outubro vai entrar em fase experimental o bilhete único para a Carris e o Metro de Lisboa, o que "permitirá a utilização indistinta de unidades de viagem nestes operadores, numa lógica de `porta-moedas electrónico do transporte público".
De acordo com a governante, este sistema, que permite que os passageiros carreguem os seus cartões com unidades que, ao contrário do que acontece agora, poderão ser gastas em qualquer um dos operadores aderentes e não apenas num deles, será alargado à Transtejo e à Soflusa até ao final do ano e, "progressivamente, a todos os operadores de transporte público da AML".
O objectivo do Governo é que em 2009, com a desmaterialização do passe intermodal, o número de utilizadores do cartão Lisboa Viva passe de 1,3 para 1,8 milhões.
No entanto, a Ana Paula Vitorino "gostava que até 2013, e aproveitando as verbas do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) este sistema fosse generalizado em todo o país".