Economia
"Orçamento mais ambicioso". Bruxelas propõe 2 biliões de euros e verbas adicionais até 2034
A Comissão Europeia propôs um orçamento entre 2028 e 2034 para a União Europeia de dois biliões de euros, com novas prioridades de defesa e crescimento económico, planos nacionais com reformas e investimentos e ainda novos fundos europeus. Ursula von der Leyen afirma ser o orçamento "mais ambicioso alguma vez proposto", acima dos 1,2 biliões do atual quadro.
A proposta de Bruxelas representa um aumento de 800 mil milhões de euros entre 2028 e 2034. E segundo a Comissão Europeia, a agricultura é o setor com a maior fatia, com 300 mil milhões de euros.
As zonas menos desenvolvidas receberão 218 mil milhões de euros e estão destinados dois mil milhões para as pescas e 131 mil milhões de euros para a área da defesa e espaço.
“O próximo QFP [Quadro Financeiro Plurianual] será um ambicioso orçamento da UE com uma dimensão total de dois biliões de euros”, anunciou o comissário europeu do Orçamento, Piotr Serafin, falando numa audição no Parlamento Europeu antes da apresentação oficial da proposta à imprensa em Bruxelas.
Após várias horas de negociações entre os comissários europeus, foi apresentado o primeiro pacote de proposta sobre o próximo QFP 2028-2034, com um envelope total de dois biliões de euros em autorizações (a preços correntes), assente em contribuições nacionais (com base no rendimento bruto nacional) de 1,26 por cento.
Além destas contribuições nacionais, as novas receitas (recursos próprios) agora propostas pela Comissão Europeia abrangem um imposto especial sobre o consumo de tabaco, um recurso empresarial para a Europa (CORE) e impostos sobre os resíduos eletrónicos e o comércio eletrónico.
“É um orçamento para uma nova era, que corresponde à ambição da Europa. Que aborda os desafios da Europa. Que fortalece a nossa independência”, declarou a presidente da Comissão Europeia, numa publicação na rede social X, onde confirmou que “a agricultura e a coesão continuam no centro” do orçamento, por serem “pilares centrais”.
Este orçamento, pretende ajudar a “construir uma União que proteja”. Por isso, 131 mil milhões estão destinados à defesa e espaço – “cinco vezes o que temos hoje”.
Em conferência de imprensa, a presidente da Executivo comunitário assegurou que se trata de um “orçamento que é maior, mais inteligente e mais incisivo”.
“É um orçamento que beneficia os nossos cidadãos e as nossas empresas", acrescentou, salientando que é “o orçamento mais ambicioso já proposto” pela UE.
O novo orçamento proposto inclui 100 mil milhões de euros para a Ucrânia, disse ainda a presidente da Comissão Europeia.
"Estamos a reservar 100 mil milhões de euros para a Ucrânia", disse aos jornalistas.
O atual orçamento da UE a longo prazo é de 1,21 biliões de euros (o que inclui cerca de 800 mil milhões de euros a preços correntes do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que financia os PRR), envolvendo contribuições nacionais de 1,1 por cento.
Um acordo sobre o orçamento da UE, que vigorará de 2028 a 2034, exige o apoio de todos os 27 países-membros e a aprovação do Parlamento Europeu. A proposta prevê uma simplificação do orçamento da UE a longo prazo, que passa a incluir 16 programas em vez de 52, dividindo-se em 865 mil milhões de euros em planos de parceria nacionais e regionais (nos quais estão os fundos estruturais agrícolas e de coesão) e em 410 mil milhões de euros para o novo Fundo Europeu para a Competitividade (incluindo o Horizonte Europa e o Fundo de Inovação).
Acrescem 200 mil milhões de euros para a ação externa da UE, 49 mil milhões de euros para o Erasmus+ & AgoraEU e 292 mil milhões de euros para o restante.
As zonas menos desenvolvidas receberão 218 mil milhões de euros e estão destinados dois mil milhões para as pescas e 131 mil milhões de euros para a área da defesa e espaço.
“O próximo QFP [Quadro Financeiro Plurianual] será um ambicioso orçamento da UE com uma dimensão total de dois biliões de euros”, anunciou o comissário europeu do Orçamento, Piotr Serafin, falando numa audição no Parlamento Europeu antes da apresentação oficial da proposta à imprensa em Bruxelas.
Após várias horas de negociações entre os comissários europeus, foi apresentado o primeiro pacote de proposta sobre o próximo QFP 2028-2034, com um envelope total de dois biliões de euros em autorizações (a preços correntes), assente em contribuições nacionais (com base no rendimento bruto nacional) de 1,26 por cento.
Além destas contribuições nacionais, as novas receitas (recursos próprios) agora propostas pela Comissão Europeia abrangem um imposto especial sobre o consumo de tabaco, um recurso empresarial para a Europa (CORE) e impostos sobre os resíduos eletrónicos e o comércio eletrónico.
“É um orçamento para uma nova era, que corresponde à ambição da Europa. Que aborda os desafios da Europa. Que fortalece a nossa independência”, declarou a presidente da Comissão Europeia, numa publicação na rede social X, onde confirmou que “a agricultura e a coesão continuam no centro” do orçamento, por serem “pilares centrais”.
De acordo com Von der Leyen, este “é um orçamento para a realidade de hoje, assim como para os desafios de amanhã”.
This is a budget for the realities of today, as well as the challenges of tomorrow.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) July 16, 2025
Today we present our proposal.
Now we continue the work, with the European Parliament, Member States, with citizens and businesses ↓ https://t.co/wq1t4kKjTx
Este orçamento, pretende ajudar a “construir uma União que proteja”. Por isso, 131 mil milhões estão destinados à defesa e espaço – “cinco vezes o que temos hoje”.
Em conferência de imprensa, a presidente da Executivo comunitário assegurou que se trata de um “orçamento que é maior, mais inteligente e mais incisivo”.
“É um orçamento que beneficia os nossos cidadãos e as nossas empresas", acrescentou, salientando que é “o orçamento mais ambicioso já proposto” pela UE.
O novo orçamento proposto inclui 100 mil milhões de euros para a Ucrânia, disse ainda a presidente da Comissão Europeia.
"Estamos a reservar 100 mil milhões de euros para a Ucrânia", disse aos jornalistas.
O ministro português da Economia e da Coesão Territorial considera que esta nova proposta vai aumentar a competitividade das empresas europeias.
"Não temos um número final. A Comissão não apresentou qual é o número de cada país. Portanto, não podemos dizer se Portugal vai receber mais ou menos do que no passado".
O que parece evidente, segundo Castro Almeida, "é que vai haver maior competição" e, por isso, Portugal terá de se preparar "na área da competitividade".
"Os fundos que aí vêm vão ser mais competitivos. Nós temos de nos preparar para investir bem, para que dêem resultados".
"Não temos um número final. A Comissão não apresentou qual é o número de cada país. Portanto, não podemos dizer se Portugal vai receber mais ou menos do que no passado".
O que parece evidente, segundo Castro Almeida, "é que vai haver maior competição" e, por isso, Portugal terá de se preparar "na área da competitividade".
"Os fundos que aí vêm vão ser mais competitivos. Nós temos de nos preparar para investir bem, para que dêem resultados".
Um acordo sobre o orçamento da UE, que vigorará de 2028 a 2034, exige o apoio de todos os 27 países-membros e a aprovação do Parlamento Europeu. A proposta prevê uma simplificação do orçamento da UE a longo prazo, que passa a incluir 16 programas em vez de 52, dividindo-se em 865 mil milhões de euros em planos de parceria nacionais e regionais (nos quais estão os fundos estruturais agrícolas e de coesão) e em 410 mil milhões de euros para o novo Fundo Europeu para a Competitividade (incluindo o Horizonte Europa e o Fundo de Inovação).
Acrescem 200 mil milhões de euros para a ação externa da UE, 49 mil milhões de euros para o Erasmus+ & AgoraEU e 292 mil milhões de euros para o restante.