"Perturbações significativas" nos comboios. Trabalhadores da IP em segundo dia de greve

Esta quinta-feira é mais um dia de greve nos comboios. A paralisação, convocada pela Aprofer - Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário, perdura por 24 horas e está a causar constrangimentos na circulação. Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal exigem melhores condições laborais e aumentos salariais.

RTP /
José Coelho - Lusa

Este segundo dia de greve ditou supressão de 383 comboios de 558 programados, ou seja, 68,6 por cento, entre as 0h00 e as 12h00, indica a CP.

Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 272 comboios programados foram suprimidos 183. No longo curso, estavam programados 32 comboios e foram suprimidos 25.Dos 558 comboios programados, realizaram-se 175 - todos de serviços mínimos.

Esta é uma paralisação que poderá repetir-se a 10 de janeiro
. Isto se as negociações com a Infraestruturas de Portugal não forem retomadas, advertia no final de dezembro, em declarações à agência Lusa, o presidente da Aprofer, Adriano Filipe.

"Os motivos desta greve são os mesmos" daquela que teve lugar em setembro de 2022, enfatizou o dirigente sindical, para denunciar que a IP assumiu o compromisso de negociar um acordo, o que não aconteceu.

"O acordo seria fechar as negociações e compromisso de paz social até 31 de dezembro de 2023, mas face ao incumprimento por parte da IP resolvemos decretar greve a partir do início de janeiro e será uma greve que, até que haja um acordo ou uma mudança de posição, irá continuar", acentuou Adriano Filipe.Os profissionais da IP cumpriram, na passada terça-feira, uma primeira jornada de paralisação, que ditou a supressão de 798 comboios de um total de 1.086 previstos. De acordo com a CP, foram apenas cumpridos os serviços mínimos até ao final da tarde.

A CP indicou, no seu portal, que, "devido a uma greve convocada por sindicatos representativos dos trabalhadores da IP - Infraestruturas de Portugal, responsável pela gestão da infraestrutura ferroviária, antecipam-se perturbações significativas na circulação dos comboios a nível nacional nos dias 2 e 4 de janeiro de 2024".

Distribuídos sobretudo por centros de comando operacionais, estruturas que controlam a operação ferroviária à escala nacional, os trabalhadores reivindica a regularização da profissão, como explicou Adriano Filipe: "Há 17 anos que novos postos de trabalho carecem de uma regularização do funcionamento e, portanto, nós trabalhamos nos moldes ainda da antiga CP".

Em acausa, acrescentou o presidente da Aprofer, está um "posto altamente tecnológico que concentra a circulação e manutenção toda do país inteiro".

Ao abrigo dos serviços mínimos, está prevista a circulação do Alfa Pendular e Intercidades, Regional, InterRegional e Internacional, Comboios Urbanos do Porto, Comboios Urbanos de Coimbra e Comboios Urbanos de Lisboa.

c/ Lusa

 

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