Pesca de atum-rabilho aumenta 17% nas regiões autónomas em 2026
As capturas de atum-rabilho, espécie muito consumida em `sushi` e comercialmente relevante nas regiões autónomas e Algarve aumentam 17% em 2026 para as 747 toneladas, após uma maratona negocial em Bruxelas.
As restantes espécies geridas pela Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico (ICCAT, na sigla inglesa) - espadarte, atum-patudo, atum-voador, tintureira, entre outros - os totais admissíveis de captura mantiveram-se inalterados face a 2025.
Em declarações aos jornalistas, no final do Conselho de ministros das Pescas da União Europeia (UE), o secretário de Estado das Pescas, Salvador Malheiro, destacou ainda a "excelente notícia" relativa ao goraz - o corte de 3% para 2026 será compensado com um aumento de 12% no ano seguinte, sendo que esta poderá ser parcialmente usada já no próximo ano.
Isto significa que Bruxelas reconhece o desempenho "que o país tem tido no que diz respeito à proteção dos recursos marinhos e todo este esforço que foi feito no âmbito do incremento das áreas marinhas protegidas", disse.
Por outro lado, as reduções de 55% previstas para o peixe-espada preto não afetarão a Madeira, que mantém para 2026 a quota deste ano.
Os ministros das Pescas da UE chegaram esta madrugada a um acordo sobre os totais admissíveis de capturas e as respetivas quotas nacionais, após dois dias de debates e uma maratona na noite de sexta-feira para hoje.