Economia
Peugeot compra Opel à General Motors por 1,3 mil milhões de euros
O grupo francês PSA chegou a acordo com a norte-americana General Motors (GM) para comprar a filial europeia por 1,3 mil milhões de euros. A PSA é liderada pelo português Carlos Tavares.
Além da aquisição das marcas Opel e Vauxhall, que espera ter luz verde até 2020, o grupo PSA (Peugeot, Citroën e DS) vai adquirir, em conjunto com o banco francês BNP Paribas, a subsidiária GM da Europa por 900 milhões de euros, informou em comunicado. Com esta compra, o grupo francês PSA torna-se no segundo maior do setor automóvel na Europa.
A PSA registou em 2016 um lucro líquido de 2,15 mil milhões de euros.
Já a divisão europeia da GM está em défice crónico, tendo perdido 257 milhões de dólares (242 milhões de euros) no ano passado.
Um situação negativa que se arrasta há 16 anos, com prejuizos de 15 mil milhões de dólares (14,1 milhões de euros) para a empresa de Detroit.
Com esta aquisição, o grupo PSA pretende que a Opel e Vauxhall voltem a ser rentáveis em três anos.Compra respeitará compromissos com sindicatos
O negócio levantou alguns receios entre os trabalhadores da Vauxhall que tem cerca de 4500 funcionários no Reino Unido. No entanto, o português Carlos Tavares, presidente-executivo da PSA, disse em comunicado que a compra respeitará os compromissos assumidos pela GM com Opel e Vauxhall.
Ainda assim, a agência France Presse refere que é expectável que Carlos Tavares replique na GM o plano levado a cabo na PSA e que passou pela redução de postos de trabalho, congelamento de salários e eliminação de modelos não rentáveis.
Depois de uma reunião com os sindicatos, na semana passada, Carlos Tavares já tinha explicado que o objetivo da PSA é "desenvolver o potencial da co-construção", que é um típo de gestão em que a PSA foi precursora na industria automóvel francesa.
A PSA reiterou ainda as promessas de dirigir a Opel como uma filial alemã distinta e honrar as garantias de emprego existentes para os sindicatos, que abrangem os planos de produção dos modelos existentes.
De acordo com o comunicado divulgado esta segunda-feira pelas duas empresas, cria-se assim o segundo maior grupo automóvel da Europa, com uma quota de mercado de 17 por cento. Juntas, as duas marcas realizaram vendas de 17,7 mil milhões de euros.
Poupanças de 1,7 mil milhões
A união dos dois negócios permitirá poupanças na ordem dos 1,7 mil milhões de euros, que chegam pelas sinergias tanto na construção automóvel como na investigação e desenvolvimento de produto.
A PSA espera conseguir gerar um fluxo de caixa positivo em 2020, altura em que a margem de exploração deverá situar-se em dois por cento. Em 2026, a margem deverá subir já para os seis por cento.
O comunicado refere ainda a importância desta venda para a GM, que se concentrará na investigação e no desenvolvimento de novas tecnologias de condução.
"Acreditamos que este novo capítulo coloca a Opel e a Vauxhall numa posição ainda mais forte, no longo prazo, e queremos participar no sucesso e na forte criação de valor potencial da PSA através do nosso interesse económico e da colaboração em atuais e futuros projetos", referiu o líder da GM, Mary Barra.
c/ Lusa
"O valor da transação para o PSA, que inclui a Opel/Vauxhall e 50 por cento das atividades europeias da GM Financial, será de 1,8 mil milhões de euros", informou o grupo francês.
A PSA registou em 2016 um lucro líquido de 2,15 mil milhões de euros.
Já a divisão europeia da GM está em défice crónico, tendo perdido 257 milhões de dólares (242 milhões de euros) no ano passado.
Um situação negativa que se arrasta há 16 anos, com prejuizos de 15 mil milhões de dólares (14,1 milhões de euros) para a empresa de Detroit.
Com esta aquisição, o grupo PSA pretende que a Opel e Vauxhall voltem a ser rentáveis em três anos.Compra respeitará compromissos com sindicatos
O negócio levantou alguns receios entre os trabalhadores da Vauxhall que tem cerca de 4500 funcionários no Reino Unido. No entanto, o português Carlos Tavares, presidente-executivo da PSA, disse em comunicado que a compra respeitará os compromissos assumidos pela GM com Opel e Vauxhall.
Ainda assim, a agência France Presse refere que é expectável que Carlos Tavares replique na GM o plano levado a cabo na PSA e que passou pela redução de postos de trabalho, congelamento de salários e eliminação de modelos não rentáveis.
Depois de uma reunião com os sindicatos, na semana passada, Carlos Tavares já tinha explicado que o objetivo da PSA é "desenvolver o potencial da co-construção", que é um típo de gestão em que a PSA foi precursora na industria automóvel francesa.
A PSA reiterou ainda as promessas de dirigir a Opel como uma filial alemã distinta e honrar as garantias de emprego existentes para os sindicatos, que abrangem os planos de produção dos modelos existentes.
De acordo com o comunicado divulgado esta segunda-feira pelas duas empresas, cria-se assim o segundo maior grupo automóvel da Europa, com uma quota de mercado de 17 por cento. Juntas, as duas marcas realizaram vendas de 17,7 mil milhões de euros.
Poupanças de 1,7 mil milhões
A união dos dois negócios permitirá poupanças na ordem dos 1,7 mil milhões de euros, que chegam pelas sinergias tanto na construção automóvel como na investigação e desenvolvimento de produto.
A PSA espera conseguir gerar um fluxo de caixa positivo em 2020, altura em que a margem de exploração deverá situar-se em dois por cento. Em 2026, a margem deverá subir já para os seis por cento.
O comunicado refere ainda a importância desta venda para a GM, que se concentrará na investigação e no desenvolvimento de novas tecnologias de condução.
"Acreditamos que este novo capítulo coloca a Opel e a Vauxhall numa posição ainda mais forte, no longo prazo, e queremos participar no sucesso e na forte criação de valor potencial da PSA através do nosso interesse económico e da colaboração em atuais e futuros projetos", referiu o líder da GM, Mary Barra.
c/ Lusa