Pharol acredita em acordo entre Oi e credores em setembro

por Lusa

Lisboa, 26 mai (Lusa) -- O administrador-delegado da Pharol, Luís Palha da Silva, disse hoje acreditar no calendário apontado pela Comissão Executiva da Oi para um acordo com credores em assembleia-geral a realizar-se setembro.

"Acredito nos calendários que nos são definidos. Há grande vontade de afastar os problemas que possam surgir, para que esse acordo possa chegar tão rápido quanto possível", disse Palha da Silva, após duas assembleias-gerais da Pharol, empresa que detém cerca de 27% da operadora brasileira Oi.

Palha da Silva reforçou que de acordo com as informações do Conselho de Administração da Oi e dos responsáveis na condução do processo, "o mês de setembro é uma data possível".

"É fácil? Não. Exige muito trabalho quer nos aspetos e nos passos sequenciais para lá chegar, quer em boas vontades para haver acordos. Louvamo-nos pelo facto de a direção executiva manter confiança que seja possível até ao fim de setembro", disse.

O gestor frisou que todos os `stakeholders` (interessados) terão uma palavra e que para chegar a setembro com uma hipótese de chegar a acordo é preciso que haja um elevado nível e frequência de contactos entre os diferentes intervenientes, entre os quais os credores.

Sobre uma eventual intervenção estatal na Oi, o administrador-delegado da Pharol disse compreender a necessidade de o Estado brasileiro ter mecanismos de intervenção para assuntos de exceção, sublinhando que este só interviria em caso "de absoluta necessidade", o que só se verifica quando há incapacidade da empresa de prestar serviços aos consumidores ou incapacidade de investimentos.

"Nenhum desses dois motivos nos parecia, nos parece, estar em jogo", disse.

A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial em junho do ano passado porque não conseguiu negociar um total de 65,4 mil milhões de reais (19,6 mil milhões de euros) em dívidas.

A Pharol realizou hoje duas assembleias-gerais de acionistas, uma relativa à eleição de novos membros para o triénio 2015-2017 e a outra sobre os resultados da empresa em 2016, onde todos os assuntos sujeitos a votação foram aprovados por unanimidade.

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