Pingo Doce mantém preços de todos produtos com IVA a 19%
Os supermercados Pingo Doce, do grupo Jerónimo Martins, vão manter os preços de todos os seus produtos com IVA a 19 por cento, apesar da subida para 21 por cento, anunciou hoje o grupo.
Fonte oficial do grupo avançou à agência Lusa que esta decisão não é concretizada "à custa da margem" do Pingo Doce nos produtos vendidos.
Os vários projectos de redução de custos implementados pelo grupo Jerónimo Martins permitem "avançar com medidas como esta e prosseguir com o compromisso para com os clientes de apresentar preços estáveis" sem afectar as margens, explicou aquela fonte.
A medida agora anunciada entra em vigor a 01 de Julho, quando o IVA passa de 19 para 21 por cento, uma taxa que é aplicada a cerca de 60 por cento dos produtos disponibilizados no Pingo Doce, referiu ainda.
A insígnia "não vai reflectir os dois pontos percentuais de aumento de IVA", ou seja, não vai aumentar os preços, uma decisão que segue a sua estratégia de "preços sempre baixos", refere um comunicado do grupo.
Desde 2002, "o Pingo Doce reposicionou a sua estratégia e tem vindo progressivamente a baixar os preços", o que se traduziu "numa deflação efectiva de 10 por cento em termos absolutos", segundo o director-geral do Pingo Doce, Eduardo Cid Correia, citado no comunicado.
A fonte do grupo acrescentou que, desde Janeiro, a descida dos preços dos produtos disponibilizados pelas 190 lojas Pingo Doce foi de 3,5 por cento.
Quanto aos hipermercados do grupo Jerónimo Martins, os Feira Nova, "também já apostam na redução de preços, o que engloba estes produtos" (com IVA a 19 por cento), disse a fonte.
"Provavelmente os preços destes produtos também acabarão por ser reduzidos", acrescentou.
O Carrefour Portugal também anunciou hoje que não vai fazer repercutir a subida da taxa máxima do IVA para 21 por cento nos 737 produtos de marca própria, até final do ano.