Economia
Pingo Doce: "prémio" versus "discriminação"
A “Jerónimo Martins”, detentora da rede de supermercados Pingo Doce, vai pagar a 500% aos seus colaboradores que trabalharam no dia 1 de maio e conferir-lhes o direito de também eles poderem comprar com os mesmos descontos de 50% entre hoje e o próximo dia 11. O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal acusa a empresa de discriminar trabalhadores e queixa-se à ACT.
O “Pingo Doce” anunciara já a intenção de abrir as portas dos seus hipermercados no dia 1 de maio, feriado nacional que assinala o Dia do Trabalhador. O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, para garantir o direito aos trabalhadores do “Pingo Doce” de comemorarem o 1º de maio, gozando do dia de folga, apresentou um pré-aviso de greve para esse mesmo dia. Todos os trabalhadores ficaram assim a coberto do pré-aviso de greve para, caso assim entendessem, pudessem não comparecer aos seus postos de trabalho.
Mas foram bastantes aqueles que o fizeram. Nesse mesmo dia a “Jerónimo Martins” lançou uma campanha de Marketing que permitia a qualquer cliente que visitasse os seus hipermercados obtivesse um desconto de 50% nas mercadorias acima dos 100 euros.
O resultado foi o conhecido. Milhares de pessoas que acorreram em massa aos estabelecimentos deste hipermercado, fizeram longas filas para poderem entrar, esgotaram stocks, provocaram desacatos que levaram à intervenção policial em vários pontos do país.
A empresa, alegadamente para impedir que a ação dos trabalhadores fosse perturbada, impediu que os trabalhadores pudessem usufruir dessa mesma campanha nesse dia. No entanto, a “Jerónimo Martins” adiantou que aos trabalhadores seria dada a mesma oportunidade de efetuarem compras com descontos dos mesmos 50% acima dos cem euros iniciais.
No dia 3 de maio, o presidente executivo da “Jerónimo Martins”, Pedro Soares dos Santos, informava por circular enviada aos trabalhadores que a empresa iria remunerar em 500 por cento os funcionários que laboraram no Dia do Trabalhador, pelo trabalho "extraordinário" realizado.
"No dia 1 de maio os produtos rodaram nas lojas cinco vezes mais do que num dia habitual de vendas", o que significa "multiplicar pelo menos por cinco o trabalho exigido aos mais de 15 mil colaboradores que estiveram ao serviço nesse dia", lê-se na circular.
Por isso, "em reconhecimento pelo extraordinário trabalho desenvolvido, em condições de grande pressão, pelas nossas equipas operacionais das lojas, da logística e do 'supply chain', decidimos remunerar a 500 por cento o dia de trabalho de 1 de maio", salienta Pedro Soares dos Santos na missiva.
"Se não fosse pela vossa entrega, pela vossa dedicação e pelo vosso amor à camisola 'Pingo Doce', a alegria da esmagadora maioria dos clientes que nos visitaram nesse dia não seria a mesa", refere Pedro Soares dos Santos na comunicação.
Informava ainda, na mesma circular, que os trabalhadores também iriam beneficiar do mesmo desconto de 50 por cento sobre faturas em compras acima dos 100 euros durante esta semana, numa ação que termina sexta-feira.
É aqui que o Sindicato levanta objeções. É que ao contrário do que fizeram no comunicado de dia 27 de abril, desta vez a empresa explicitava que apenas os trabalhadores que se apresentaram nos seus postos de trabalho e cumpriram a sua jornada laboral têm direito de acesso à campanha de descontos que está a decorrer.
Fonte oficial da “Jerónimo Martins”, dona do “Pingo Doce”, citada pela agência Lusa, confirmou entretanto que "esta vantagem agora dos 50 por cento é para os colaboradores que estiveram a trabalhar no dia 1 de Maio".
O que para a empresa é um prémio dado aos trabalhadores por uma jornada laboral que certamente lhe terá rendido enormes lucros quer em capital quer em marketing, se bem que não tornados públicos, para os sindicatos não passa de mais uma manobra discriminatória entre os trabalhadores.
O facto de esta campanha ser apenas dirigida aos que trabalharam no 1º de Maio constitui "uma discriminação em relação aos trabalhadores que exerceram o direito à greve, estavam de férias ou de descanso”, de acordo com Manuel Guerreiro, dirigente sindical, razão pela qual o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) enviou à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) uma queixa contra a “Jerónimo Martins”.
Mas foram bastantes aqueles que o fizeram. Nesse mesmo dia a “Jerónimo Martins” lançou uma campanha de Marketing que permitia a qualquer cliente que visitasse os seus hipermercados obtivesse um desconto de 50% nas mercadorias acima dos 100 euros.
O resultado foi o conhecido. Milhares de pessoas que acorreram em massa aos estabelecimentos deste hipermercado, fizeram longas filas para poderem entrar, esgotaram stocks, provocaram desacatos que levaram à intervenção policial em vários pontos do país.
A empresa, alegadamente para impedir que a ação dos trabalhadores fosse perturbada, impediu que os trabalhadores pudessem usufruir dessa mesma campanha nesse dia. No entanto, a “Jerónimo Martins” adiantou que aos trabalhadores seria dada a mesma oportunidade de efetuarem compras com descontos dos mesmos 50% acima dos cem euros iniciais.
No dia 3 de maio, o presidente executivo da “Jerónimo Martins”, Pedro Soares dos Santos, informava por circular enviada aos trabalhadores que a empresa iria remunerar em 500 por cento os funcionários que laboraram no Dia do Trabalhador, pelo trabalho "extraordinário" realizado.
"No dia 1 de maio os produtos rodaram nas lojas cinco vezes mais do que num dia habitual de vendas", o que significa "multiplicar pelo menos por cinco o trabalho exigido aos mais de 15 mil colaboradores que estiveram ao serviço nesse dia", lê-se na circular.
Por isso, "em reconhecimento pelo extraordinário trabalho desenvolvido, em condições de grande pressão, pelas nossas equipas operacionais das lojas, da logística e do 'supply chain', decidimos remunerar a 500 por cento o dia de trabalho de 1 de maio", salienta Pedro Soares dos Santos na missiva.
"Se não fosse pela vossa entrega, pela vossa dedicação e pelo vosso amor à camisola 'Pingo Doce', a alegria da esmagadora maioria dos clientes que nos visitaram nesse dia não seria a mesa", refere Pedro Soares dos Santos na comunicação.
Informava ainda, na mesma circular, que os trabalhadores também iriam beneficiar do mesmo desconto de 50 por cento sobre faturas em compras acima dos 100 euros durante esta semana, numa ação que termina sexta-feira.
É aqui que o Sindicato levanta objeções. É que ao contrário do que fizeram no comunicado de dia 27 de abril, desta vez a empresa explicitava que apenas os trabalhadores que se apresentaram nos seus postos de trabalho e cumpriram a sua jornada laboral têm direito de acesso à campanha de descontos que está a decorrer.
Fonte oficial da “Jerónimo Martins”, dona do “Pingo Doce”, citada pela agência Lusa, confirmou entretanto que "esta vantagem agora dos 50 por cento é para os colaboradores que estiveram a trabalhar no dia 1 de Maio".
O que para a empresa é um prémio dado aos trabalhadores por uma jornada laboral que certamente lhe terá rendido enormes lucros quer em capital quer em marketing, se bem que não tornados públicos, para os sindicatos não passa de mais uma manobra discriminatória entre os trabalhadores.
O facto de esta campanha ser apenas dirigida aos que trabalharam no 1º de Maio constitui "uma discriminação em relação aos trabalhadores que exerceram o direito à greve, estavam de férias ou de descanso”, de acordo com Manuel Guerreiro, dirigente sindical, razão pela qual o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) enviou à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) uma queixa contra a “Jerónimo Martins”.