À agência Lusa, o vereador do município com a gestão das obras públicas, Pedro Murtinho, explicou que o Centro de Interpretação e Museu da Serra de Sicó pretende também "potenciar atividades de âmbito ambiental" e divulgar o património histórico da região, "contribuindo para a sua valorização".

O investimento, a concretizar em Poios, freguesia da Redinha, vai ficar localizado no Sítio Sicó-Alvaiázere da Rede Natura 2000, sendo que o centro quer, igualmente, ser um espaço "para fomentar ações de conservação da grande biodiversidade" que a zona contempla.

No centro, que se quer um espaço polivalente, vão ser disponibilizadas 60 camas divididas por quatro camaratas, mais três quartos duplos, havendo ainda auditório e espaços para a realização de palestras, ações de formação, projeção de filmes ou exposições, além de um laboratório ou um ponto de venda ao público de produtos da marca Sicó.

A obra contempla um centro de formação para desportos de montanha, "para responder à procura que se sente na região", justificou Pedro Murtinho, exemplificando: "Recebemos muitos forasteiros com o propósito de fazerem escalada ou espeleologia e este centro vai permitir estadas e visitas de grupos".

Já o museu vai ter uma "vertente mais arqueológica", apontou o vereador, adiantando: "Há alguns vestígios arqueológicos que estão identificados e teremos um espaço para os guardar e expor de uma forma digna".

Pedro Murtinho acrescentou que o espaço vai ter uma área de construção de 2.800 metros quadrados, integrada na paisagem, realçando que a sua execução "assenta em construção sustentável", garantindo-se a sua eficiência energética ou o armazenamento e reutilização da água.

De forma a garantir a sustentabilidade do projeto, a Câmara de Pombal estabeleceu parcerias com várias entidades que passaram a integrar um comité de acompanhamento, onde se incluem, por exemplo, a Associação Portuguesa de Turismo Sustentável e Ecoturismo, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, as federações portuguesas de Montanhismo e Escalada e de Espeleologia ou o Grupo Proteção Sicó.

Segundo informação do município, o Centro de Interpretação e Museu da Serra de Sicó "já esteve para ser executado", mas, "por falta de capacidade do empreiteiro", acabou por não ser realizado, voltando agora a estar a concurso.

A autarquia acrescenta que "será candidatado ao `overbooking` do Mais Centro -- Programa Operacional Regional do Centro, prevendo-se que esteja concluído em 2015".

O vereador salientou que "há esperança" no financiamento comunitário, mas, na eventualidade de não ser alcançado, o objetivo é avançar com a obra dado o seu "interesse municipal".

"Este é um investimento nosso, mas uma janela para criar parcerias com algumas entidades, não só ao nível da gestão do espaço, como da organização de eventos", disse Pedro Murtinho.