Economia
Portas aponta investimento da Faurecia em Bragança como exemplo para Portugal
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, apontou como exemplo do que Portugal precisa o investimento de 45 milhões de euros da multinacional francesa Faurecia em Bragança, com a criação de 400 postos de trabalho nos próximos dois anos.
Foto: Lusa/Manuel Teles
A Faurecia é um dos maiores fornecedores mundiais de equipamento automóvel e tem seis fábricas em Portugal, um das quais em Bragança, que emprega 720 pessoas.
O novo investimento contempla a extensão da unidade atual, na estrada do aeródromo municipal de Bragança, com um novo edifício de produção que "até 2018 permitirá duplicar as vendas anuais, com a perspetiva de a nova unidade atingir", nesse ano, "um volume de vendas de 375 milhões de euros", segundo dados do grupo.
"Aquilo de que mais precisamos na nossa economia é de investimento, geração de emprego, inovação, reforço das exportações, economia aberta. Tudo isso se verifica numa região que não está no litoral, está no interior de Portugal", apontou o vice-primeiro-ministro.
A multinacional revelou que as exportações representam quase 90% da faturação das fábricas portuguesas responsáveis por um total de 3.700 trabalhadores e com o volume de vendas da Faurecia Portugal a crescer 23% em 2014.
"Não há grande marca (de automóveis) que não tenha peças produzidas com as nossas mãos", enfatizou Paulo Portas.
O responsável pela Faurecia Portugal, Luís Oliveira, sublinhou que a fábrica de Bragança "tem-se revelado uma unidade fundamental para o grupo" e que a marca é "o principal exportador de Bragança".
O peso da unidade foi realçado pelo presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, que indicou que "nove em cada dez euros vendidos no concelho de Bragança são responsabilidade desta empresa".
A multinacional é também responsável pela instalação de novas empresas na zona industrial de Mós que, segundo o autarca, "a curto prazo irão trabalhar para a Faurecia".
Hernâni Dias manifestou ainda a ambição de "no futuro tornar Bragança num verdadeiro 'cluster' do setor automóvel".
O vice-primeiro-ministro aproveitou a ocasião para anunciar que "há muitas empresas a pensar em decisões de investimento" em Portugal, indicando que as candidatas aos 1.200 milhões de euros disponíveis no Portugal 2020 são "três vezes superiores" ao valor disponível.
(com Lusa)