Economia
Portugal apresenta candidatura do Porto a sede da Agência do Medicamento
Portugal apresenta esta segunda-feira à União Europeia a candidatura à Agência Europeia do Medicamento, que propõe o Porto para acolher a sede da instituição.
Esta segunda-feira é o último dia para a apresentação das candidaturas à sede da Agência Europeia do Medicamento, organização que vai abandonar Londres na sequência do brexit e que procura nova localização.
Porto é a aposta portuguesa para tentar vencer a cidades como Copenhaga, Milão ou Bucareste. Não foi a escolha portuguesa desde início. Lisboa era a candidata falada durante meses.
A decisão final do Governo sobre que cidade ia, afinal, entrar na corrida foi tomada há apenas duas semanas. O Conselho de Ministros de 13 de julho decidiu candidatar o Porto para acolher a Agência, por considerar que é a cidade que "apresenta melhores condições para acolher a sede daquela instituição".
Nessa ocasião, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, justificava a decisão "pela dinâmica não só do tecido empresarial e económico mas também pela aposta nas ciências da saúde, nos pólos de investigação, e pela nova centralidade que representa no eixo importante não apenas de Portugal e da Península".
O presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira, elogiava a decisão, considerando que a cidade nortenha era a melhor opção e dizendo que “tinha valido a pena levantar a voz”.
Quanto às possíveis localizações na cidade, o ministro da Saúde apontou que está sinalizado "um edifício na praça D. João I, que apresenta condições técnicas muito adequadas".
Inicialmente, Lisboa era a única candidata nacional, mas o Governo reabriu o processo de forma a integrar também o Porto.
Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
Decisão no outono
Acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento traz consigo benefícios evidentes: a agência tem 890 funcionários e gera um importante movimento de empregos associados, receitas de hotel e toda uma alavancagem económica.
Praticamente todos os Estados-membros apresentaram uma candidatura à sede da EMA.
De acordo com a imprensa inglesa, Lisboa era a escolha preferida pelos funcionários da Agência, forçados a abandonar Londres.
Num artigo publicado este fim de semana no jornal POLITICO, a “política portuguesa mutilou a aposta para a agência europeia”, dizendo que, com eleições à vista, o governo socialista mudou a candidatura para apaziguar o presidente da câmara independente.
O ministro da Saúde contrariou os críticos que diziam que a opção Porto veio sacrificar a melhor hipótese de Portugal poder ganhar a corrida à Agência Europeia do Medicamento.
“O posicionamento político não teve nada a ver com as eleições autárquicas, e não houve pressão do presidente da câmara do Porto ou de qualquer outra pessoa”, disse Campos Fernandes, citado pelo POLITICO. “Esta foi uma decisão política com uma natureza estratégica”, reforçou.
Porto é a aposta portuguesa para tentar vencer a cidades como Copenhaga, Milão ou Bucareste. Não foi a escolha portuguesa desde início. Lisboa era a candidata falada durante meses.
A decisão final do Governo sobre que cidade ia, afinal, entrar na corrida foi tomada há apenas duas semanas. O Conselho de Ministros de 13 de julho decidiu candidatar o Porto para acolher a Agência, por considerar que é a cidade que "apresenta melhores condições para acolher a sede daquela instituição".
Nessa ocasião, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, justificava a decisão "pela dinâmica não só do tecido empresarial e económico mas também pela aposta nas ciências da saúde, nos pólos de investigação, e pela nova centralidade que representa no eixo importante não apenas de Portugal e da Península".
O presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira, elogiava a decisão, considerando que a cidade nortenha era a melhor opção e dizendo que “tinha valido a pena levantar a voz”.
Quanto às possíveis localizações na cidade, o ministro da Saúde apontou que está sinalizado "um edifício na praça D. João I, que apresenta condições técnicas muito adequadas".
Inicialmente, Lisboa era a única candidata nacional, mas o Governo reabriu o processo de forma a integrar também o Porto.
Lisboa já é sede de duas agências europeias, a da Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
Decisão no outono
Acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento traz consigo benefícios evidentes: a agência tem 890 funcionários e gera um importante movimento de empregos associados, receitas de hotel e toda uma alavancagem económica.
Praticamente todos os Estados-membros apresentaram uma candidatura à sede da EMA.
De acordo com a imprensa inglesa, Lisboa era a escolha preferida pelos funcionários da Agência, forçados a abandonar Londres.
Num artigo publicado este fim de semana no jornal POLITICO, a “política portuguesa mutilou a aposta para a agência europeia”, dizendo que, com eleições à vista, o governo socialista mudou a candidatura para apaziguar o presidente da câmara independente.
O ministro da Saúde contrariou os críticos que diziam que a opção Porto veio sacrificar a melhor hipótese de Portugal poder ganhar a corrida à Agência Europeia do Medicamento.
“O posicionamento político não teve nada a ver com as eleições autárquicas, e não houve pressão do presidente da câmara do Porto ou de qualquer outra pessoa”, disse Campos Fernandes, citado pelo POLITICO. “Esta foi uma decisão política com uma natureza estratégica”, reforçou.