"Portugal é o único país com que estou preocupado, independentemente do `brexit`", afirmou o responsável pelo Mecanismo de Estabilidade Europeu, Klaus Regling, ao semanário alemão WirtschaftsWoche.
"O governo (português) está a recuar nas reformas ... Portugal está a tornar-se menos competitivo outra vez como resultado disto", referiu Regling.
"A falta de competitividade foi uma razão importante para a crise em Portugal", adiantou.
Mas agora, Lisboa aumentou o salário mínimo e os salários do setor público outra vez e diminuiu as horas laborais, disse, adiantando que pode haver novos riscos orçamentais se o Governo resolver problemas no setor bancário com ajuda do Estado.
"Temos de ter muita atenção ao que acontece", advertiu Regling.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, avisou Portugal anteriormente nesta semana que "estaria a cometer um erro grave se não respeitar os compromissos assumidos e que precisaria de ajuda adicional".
Mas as declarações de Schäuble não foram bem recebidas em Lisboa, onde o homólogo português, Mário Centeno respondeu que "não estavam a ser analisados planos para qualquer ajuda financeira".