Segundo fonte da Associação Portuguesa da Cortiça (APCor), a Filcork "concretiza uma aspiração antiga da fileira no sentido de reunir na mesma entidade os representantes dos estádios da produção e transformação".

A Filcork pretende funcionar como "interlocutor privilegiado" do sector com o Estado português e a União Europeia.

"Sem colidir com os interesses das suas associadas", o novo organismo de cúpula propõe-se ainda produzir informação estatística da actividade, bem como promover e coordenar a investigação associada ao sector.

Coordenar a "política de qualidade" da fileira, através de um código de boas práticas suberícolas e rolheiras, e promover a qualificação de recursos humanos são outros objectivos.

A transformação corticeira está representada no novo organismo de cúpula pela APCor e Associação dos Industriais e Exportadores de Cortiça.

Já a produção suberícola está representada por associações regionais da Charneca, Coruche, Beira Interior, Évora, Ponte de Sôr, Setúbal e Vale do Sado.

As exportações portuguesas de cortiça em valor cresceram 1,92 por cento no primeiro semestre de 2004 face a período homólogo de 2003, uma subida que contraria a tendência generalizada de quebra no conjunto dos sectores exportadores, sublinha a APCor.

A assinatura da escritura de constituição da Filcork está marcada para as 17:00 de segunda-feira no Ministério da Agricultura, em cerimónia a presidir pelo secretário de Estado das Florestas, Luís Pires Pinheiro.