Economia
Portugal vai receber mais dinheiro da troika do que o previsto
Portugal deverá receber mais três ou quatro mil milhões de euros do que estava previsto no acordo inicial com a troika. Segundo a edição desta sexta-feira do Jornal de Negócios, este “bónus” que o Governo não tinha pedido explica-se por flutuações cambiais e por alterações às regras dos empréstimos concedidos pelo fundo europeu de resgate. O aumento do financiamento, já confirmado pela Comissão Europeia, poderá aliviar em certa medida as necessidades do país na fase final do programa de ajustamento.
O Jornal de Negócios interrogou a Comissão Europeia, que confirmou o aumento do pacote de financiamento português.
“Posso confirmar que, devido a flutuações na taxa de câmbio SDR [moeda compósita que serve de referencia aos empréstimos do FMI] e a alterações nos empréstimos providenciados pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Portugal pode esperar receber mais três a quatro mil milhões de euros do que estava inicialmente previsto no plano de 2011”, disse ao diário uma fonte do gabinete do Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn.
Aumento não acarreta condições adicionais
A mesma fonte confirmou que o aumento ocorre “sem condicionalidade extra” para o programa do país.
Nem a Comissão Europeia nem o Ministério das Finanças português responderam a questões sobre as consequências deste aumento na estratégia de financiamento nacional ao longo deste ano.
A flutuação da taxa de câmbio afeta exclusivamente a parte do empréstimo que cabe ao Fundo Monetário Internacional, já que os empréstimos do FMI são calculados em SDR (Special Drawing Rights), uma moeda “virtual” composta com base no valor de 16 das principais moedas a nível mundial.
Este instrumento financeiro valorizou-se face ao euro e, segundo se pode ler no último relatório da Comissão, citado pelo Negócios, “a previsão para a evolução desta taxa de câmbio inscrita no último relatório de perspetivas financeiras do FMI” aponta para que “os empréstimos do FMI a Portugal ascendam a 27,8 mil milhões de euros”, ou seja, mais 1,5 a 1,8 mil milhões de euros do que o que estava previsto.
Alterações nas garantias
Já na parte do empréstimo que cabe exclusivamente aos europeus, o aumento da verba relaciona-se com as alterações técnicas que foram decididas em julho e agosto de 2011, ao nível de garantias que os países têm de dar para o FEEF.
Inicialmente, Portugal tinha disponíveis 26 mil milhões de euros líquidos do fundo de resgate, mas tinha de oferecer à cabeça um valor de garantia que ficava retido no fundo.
Segundo explicou ao Jornal de Negócios uma fonte da Zona Euro, pelo facto de os Estados-membros terem aumentado em 2012 as garantias que concedem ao FEEF, Portugal deixou de estar obrigado a oferecer garantias próprias. O valor que Portugal tinha depositado no Fundo para esse fim passou a estar disponível, aumentando o montante disponível de 26 para 27,5 mil milhões de euros.
Empréstimo sobe de 78 para 81 ou 82 mil milhões
A soma dos dois efeitos anteriormente citados soma pelo menos três mil milhões de euros ao empréstimo português, que passaria dos atuais 78 mil milhões para 81 ou 82 mil milhões de euros.
De acordo com o jornal, a diferença de mil milhões - entre os três e os quatro mil milhões de euros anunciados pela Comissão Europeia - explica-se pelo facto de o FEEF se ter visto forçado a refinanciar algumas das suas emissões de curto prazo, o que também pode influenciar o valor final que Portugal terá disponível.
“Posso confirmar que, devido a flutuações na taxa de câmbio SDR [moeda compósita que serve de referencia aos empréstimos do FMI] e a alterações nos empréstimos providenciados pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Portugal pode esperar receber mais três a quatro mil milhões de euros do que estava inicialmente previsto no plano de 2011”, disse ao diário uma fonte do gabinete do Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn.
Aumento não acarreta condições adicionais
A mesma fonte confirmou que o aumento ocorre “sem condicionalidade extra” para o programa do país.
Nem a Comissão Europeia nem o Ministério das Finanças português responderam a questões sobre as consequências deste aumento na estratégia de financiamento nacional ao longo deste ano.
A flutuação da taxa de câmbio afeta exclusivamente a parte do empréstimo que cabe ao Fundo Monetário Internacional, já que os empréstimos do FMI são calculados em SDR (Special Drawing Rights), uma moeda “virtual” composta com base no valor de 16 das principais moedas a nível mundial.
Este instrumento financeiro valorizou-se face ao euro e, segundo se pode ler no último relatório da Comissão, citado pelo Negócios, “a previsão para a evolução desta taxa de câmbio inscrita no último relatório de perspetivas financeiras do FMI” aponta para que “os empréstimos do FMI a Portugal ascendam a 27,8 mil milhões de euros”, ou seja, mais 1,5 a 1,8 mil milhões de euros do que o que estava previsto.
Alterações nas garantias
Já na parte do empréstimo que cabe exclusivamente aos europeus, o aumento da verba relaciona-se com as alterações técnicas que foram decididas em julho e agosto de 2011, ao nível de garantias que os países têm de dar para o FEEF.
Inicialmente, Portugal tinha disponíveis 26 mil milhões de euros líquidos do fundo de resgate, mas tinha de oferecer à cabeça um valor de garantia que ficava retido no fundo.
Segundo explicou ao Jornal de Negócios uma fonte da Zona Euro, pelo facto de os Estados-membros terem aumentado em 2012 as garantias que concedem ao FEEF, Portugal deixou de estar obrigado a oferecer garantias próprias. O valor que Portugal tinha depositado no Fundo para esse fim passou a estar disponível, aumentando o montante disponível de 26 para 27,5 mil milhões de euros.
Empréstimo sobe de 78 para 81 ou 82 mil milhões
A soma dos dois efeitos anteriormente citados soma pelo menos três mil milhões de euros ao empréstimo português, que passaria dos atuais 78 mil milhões para 81 ou 82 mil milhões de euros.
De acordo com o jornal, a diferença de mil milhões - entre os três e os quatro mil milhões de euros anunciados pela Comissão Europeia - explica-se pelo facto de o FEEF se ter visto forçado a refinanciar algumas das suas emissões de curto prazo, o que também pode influenciar o valor final que Portugal terá disponível.