Preços do gás natural vão baixar globalmente 1,5%

Lisboa, 15 Abr (Lusa) - Os preços do gás natural vão baixar globalmente 1,5 por cento a partir de 1 de Julho, sendo a redução maior, em 5,2 por cento, para os consumidores industriais, seguida pelos domésticos com uma baixa de preços de 2,8 por cento.

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Os grandes consumidores, com consumos superiores a 2 milhões de metros cúbicos de gás natural, vão sofrer um aumento de 0,5 por cento, refere a proposta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentada hoje.

O presidente da ERSE, Vitor Santos, afirmou à Lusa que esta descida dos preços do gás natural se deve essencialmente à descida da remuneração das redes de transporte e distribuição e também a menores margens de comercialização.

A proposta da ERSE, que será submetida ao parecer do Conselho Tarifário, faz um esforço no sentido da uniformização tarifária a nível nacional, no sector residencial, ao estabelecer diferentes variações tarifárias para as diferentes regiões do país.

Na prática, significa que os consumidores do Litoral do país, com descidas de preços menos significativas, vão subsidiar os consumidores do Interior do país, que tem descidas superiores, num esforço de harmonização gradual dos preços.

Os clientes domésticos de Setúbal, abastecidos pela Setgás, vão manter a mesma tarifa, os de Lisboa vão ver o preço baixar 2,2 por cento, os do Porto sofrerão uma descida de 2,8 por cento e os de Aveiro, Leiria e Coimbra terão umas descida de 1,8 por cento.

Já os clientes das zonas interiores do país, vão registar as maiores descidas, com destaque para os clientes abastecidos pela Dourogás que vão ter uma descida nos preços de 19,6 por cento, seguido pelos clientes da Duriensegás que vão ver os preços baixar 12,3 por cento.

Os clientes da Beiragás vão ter uma descida de 5,6 por cento, os da Tagusgás de 5,9 por cento, os da Dianagás de 10,0 por cento, os da Paxgás de 10,3 por cento e os da Medigás de 11,9 por cento.

Vitor Santos afirmou à Lusa que foi conseguida uma "forte convergência das tarifas" a nível nacional, "muito mais rápida do que ao início imaginávamos".

Escusou-se, contudo, a prever quando é que essa harmonização estará concluída, de modo a que o mesmo segmento de clientes pague o mesmo pelo gás natural independentemente do concelho onde reside.

"Estamos muito próximos disso, mas a partir de agora vai depender basicamente da variação dos custos de energia", concluiu.

ACF.


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