Presidente da CGD defende que mais empresas paguem contribuição para Fundo de Resolução
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje que defende que mais empresas do setor financeiro paguem as contribuições para o Fundo de Resolução bancário português.
Segundo Paulo Macedo, que falava na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da CGD até setembro, o Fundo de Resolução "deveria ter outra base, mais alargada" e que "não prejudique quem tem sede em Portugal".
Aí, defendeu, deveriam entrar outros operadores do setor financeiro, com ou sem sede em Portugal, incluindo `shadow banking` (sistema bancário paralelo) e até seguradoras.
Esta posição de mais operadores pagarem para o Fundo de Resolução tem vindo a ser defendida há vários anos pelo presidente do BCP, Miguel Maya.
Sobre um imposto sobre a banca, Macedo afirmou não gostar de impostos extraordinários.
"Eu não gosto de impostos extraordinários e gosto de estruturas fiscais simples", afirmou.
Segundo a informação hoje divulgada, em 2024 e 2025, a Caixa pagou ao Estado mais de 1.500 milhões de IRC (imposto sobre lucro) e irá ainda entregar cerca de 200 milhões em pagamentos por conta de IRC do atual exercício, superando os 1.750 milhões de euros.
A contribuição para o Fundo de Resolução foi de 10 milhões de euros este ano.
A CGD divulgou hoje que teve lucros históricos de 1.400 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 2% do que no mesmo período de 2024.