PSI 20 acompanha europa e cai mais de 4%, bancos renovam mínimos históricos
Lisboa, 01 nov (Lusa) -- A bolsa de Lisboa segue a meio da sessão a agravar as perdas, ao cair 4,47 por cento em linha com a Europa, com as ações dos bancos a penalizarem o índice ao baterem novos mínimos históricos.
Pelas 12:39, o PSI 20 fixava-se em 5.607,81 pontos com 19 títulos a negociar no vermelho e apenas a Mota Engil inalterada nos 1,03 euros, depois de já esta manhã ter estado a ganhar mais de quatro por cento.
Os títulos da banca, são os que estão a colocar mais pressão sobre o principal índice da bolsa portuguesa.
As ações do BCP perdem 10,97 por cento para 0,14 euros, seguidas dos títulos do BES a ceder 10,64 por cento para 1,40 euros. Já o Banif cai 9,72 por cento para 0,29 euros, enquanto o BPI perde 8,40 por cento para 0,46 euros.
Estas cotações representam novos mínimos históricos para os títulos financeiros.
Nos `pesos pesados` também se registam fortes quedas, ainda que menores, com a Galp a cair 5,34 por cento para 14,18 euros, a EDP 3,28 por cento para 2,21 euros e a Portugal Telecom 3,27 por cento para 5,03 euros.
O desempenho fortemente negativo de Lisboa inclui-se no movimento de queda generalizado nas principais praças europeias. Pelas 12:37, o índice Dax de Frankfurt registava a maior queda, de 5,76 por cento, penalizado pelos títulos do Deutsche Bank e do Commerzbank, que cediam 10,03 e 9,87 por cento, respetivamente.
Em Paris também eram as ações dos títulos do setor financeiro a pressionar o Cac 40, que recuava 4,89 por cento.
Os títulos do Société Générale perdiam 15,57 por cento, a seguradora Axa 11,61 por cento e o BNP Paribas 11,14 por cento.
Em Londres, o Footsie 100 caía 3,30 por cento e em Madrid o Ibex 35 caía 4,77 por cento.
Segundo os analistas de mercado contactados pelas agências de notícias, os investidores estão muito preocupados com a decisão grega de levar a referendo (provavelmente em janeiro) o novo pacote de ajuda ao país.
"O que acontecerá se o povo disser não? O risco é que a comunidade internacional deixar de dar dinheiro e o país acabar por sair do euro", comentou Christoph Weil, analista do Commerzbank, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.
O primeiro-ministro grego, George Papandreou, anunciou na segunda-feira a realização de um referendo sobre o acordo a que os 17 países da zona euro chegaram na passada semana e que reduz em cerca de um terço a dívida grega.