PSI em máximos desde 2010 e Jerónimo Martins a subir quase 7%

A bolsa de Lisboa negociava hoje em alta, com o PSI em máximos desde janeiro de 2010 e as ações da Jerónimo Martins a liderarem os ganhos, a subirem 6,96% para 21,52 euros.

Lusa /
Benoit Tessier - Reuters

Cerca das 09:45 em Lisboa, o PSI mantinha a tendência da abertura e avançava 0,13% para 8.396,18 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2010, com seis `papéis` a subir e 10 a descer a cotação.

A Jerónimo Martins anunciou na quinta-feira que registou um lucro de 484 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, um aumento de 10% face ao mesmo período do ano passado.

As vendas consolidadas aumentaram 7,1% para 26,53 mil milhões de euros - ou 6,6% tendo em conta as taxas de câmbio constantes, com todas as insígnias a contribuírem positivamente, informou a dona do Pingo em Doce em comunicado emitido hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA) cresceu 10,9% para 1,81 mil milhões de euros, e a respetiva margem subiu de 6,6% para 6,8%.

Às ações da Jerónimo Martins seguiam-se as da REN, Sonae e Corticeira Amorim, que também se valorizavam, designadamente, 0,31% para 3,26 euros, 0,28% para 1,43 euros e 0,14% para 7,32 euros.

As outras duas ações que subiam eram as da Semapa (+0,11% para 18,00 euros) e as da Altri (+0,10% para 4,99 euros).

Em sentido contrário, as ações do BCP desciam 2,91% para 0,76 euros.

Na quinta-feira, o banco BCP anunciou que teve lucros de 775,9 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 8,7% face aos primeiros nove meses de 2024.

A margem financeira (diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) subiu 2,6% para 2.166,6 milhões de euros e as comissões (líquidas) cresceram 4% para 628,8 milhões de euros.

Apenas na operação em Portugal, os lucros aumentaram 8% para 654,5 milhões de euros.

As ações da Ibersol, CTT e Mota-Engil desciam 2,42% para 10,1 euros, 2,06% para 7,13 euros e 1,30% para 6,06 euros.

Mais moderadamente, as ações da Galp, EDP Renováveis e NOS baixavam 0,93% para 17,13 euros, 0,47% para 12,76 euros e 0,39% para 3,79 euros.

As ações da Navigator, Teixeira Duarte e EDP desvalorizavam-se 0,33% para 3,02 euros, 0,28% para 0,70 euros e 0,12% para 4,34 euros.

As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa, pendentes da decisão do Banco Central Europeu (BCE) no final da reunião de política monetária em Florença, que provavelmente manterá as taxas diretoras pela terceira vez consecutiva.

Além do BCE, hoje há numerosas referências, incluindo os avanços comerciais entre Washington e Pequim, a queda das taxas da Fed e as dúvidas sobre o que fará em dezembro, e a enxurrada de resultados empresariais.

O mercado presta especial atenção à aproximação comercial entre os EUA e a China, depois de o país asiático ter anunciado que suspenderá por um ano a aplicação das medidas de controlo à exportação de terras raras e outros materiais estratégicos, adotadas em 09 de outubro passado, no âmbito dos consensos alcançados com os Estados Unidos após a reunião desta quinta-feira entre os presidentes dos dois países, Xi Jinping e Donald Trump.

Os investidores também analisam a decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed) conhecida na quarta-feira de reduzir as taxas de juro em um quarto de ponto percentual, para o intervalo 3,75%-4%, como previsto, mas avaliando a possibilidade de que outra redução não ocorra na reunião de dezembro.

Os resultados empresariais também geram expectativa por parte do mercado.

Os futuros dos índices dos EUA avançam com comportamento estável a esta hora, tanto para o Dow Jones como para o Nasdaq.

O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em dezembro, está a baixar para 64,43 dólares, contra 64,92 dólares na quarta-feira.

O euro baixava para 1,1614 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1692 dólares na quarta-feira e o novo máximo de quatro anos, de 1,1865 dólares, verificado em 16 de setembro.

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