Quatro empresas tecnológicas portuguesas exploram mercado dos EUA

por Lusa

Quatro equipas de jovens empreendedores portugueses começaram esta segunda-feira uma formação em Pittsburgh, nos Estados Unidos, para tentar conquistar o mercado norte-americano, no âmbito do programa inRes.

O programa acontece pela segunda vez e é realizado a partir de um protocolo entre o governo português e a universidade de Carnegie Mellon.

As quatro equipas selecionadas - uma de Coimbra e três do Porto - começaram em junho a sua preparação, através de vários `workshops` e sessões com especialistas nacionais e internacionais.

As empresas, na área das tecnologias de informação, vão ficar sete semanas nos EUA, em Pittsburgh e em Carnegie Mellon, num programa intensivo, através do qual poderão participar num conjunto de iniciativas, como seminários e `workshops`.

Os finalistas são a Adapttech, que desenvolve tecnologias na área da saúde, a Playsketch, criadora de uma aplicação que permite aos utilizadores criar jogos a partir de desenhos, a Sceelix, dona de um `software` que permite criar cenários e elementos digitais em 3D de uma forma simples, e a Scraim, uma ferramenta `online` de gestão de projetos.

"Todas as equipas têm um núcleo de talento de gestão e inovação tecnológica com elevado potencial. Estão numa fase do seu ciclo de vida em que a concretização desse potencial depende em da capacidade de aperfeiçoarem e validarem os seus conceitos de produto e modelos de negócio, através de sucessivos contactos com potenciais utilizadores, parceiros, investidores, e diversos outros especialistas das suas áreas de atuação", disse o diretor nacional do Programa CMU Portugal, João Claro.

No final, as quatro equipas vão ter um espaço de trabalho no Projeto Olympus, um acelerador de negócios que pertence à CMU.

"Para atingirmos o máximo potencial da nossa empresa, esperamos contatar com possíveis investidores e clientes, mas acima de tudo esperamos aprender muito com todos os professores, mentores e com as outras equipas que nos acompanham", explicou o presidente da Adapttech, Frederico Abreu Carpinteiro.

A agenda inclui também a participação em diversas iniciativas de relevo na área do empreendedorismo e inovação, em que irão mostrar os seus projetos.

Os responsáveis da Scraim, Pedro Castro Henriques e César Barbosa Duarte, esperam que a oportunidade os ajude a tornar a sua empresa numa multinacional.

"A Scraim ambiciona chegar longe e global, e estamos certos de que este programa é a escolha certa para nos ajudar a chegar lá. Vamos estar expostos a um ambiente que nos vai tornar mais fortes e mais concentrados na evolução da empresa, com o objetivo final de a tornar um serviço global", disseram Castro Henriques e Barbosa Duarte.

João Claro salienta que na edição inRes 2014 "além das participações programadas, as equipas agarraram também oportunidades imprevistas de participação em eventos, com presenças de destaque, como no caso da Addvolt, que venceu um concurso de pitch em que inesperadamente se proporcionou participar."

Este ano, um dos projetos participantes terá direito a um investimento de 50 mil euros da Caixa Capital.

No âmbito da iniciativa "Caixa Empreender Award", outros projetos poderão ainda aceder a um investimento adicional de 100 mil euros.

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