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Referendo. Suíços apoiam lei climática para travar o degelo dos Alpes
Os suíços apoiaram no domingo uma nova lei climática destinada a conduzir o país à neutralidade de carbono até 2050. A votação do referendo expressou um "forte sinal" enviado pela população a favor da ciência, segundo um glaciologista.
No referendo de domingo, 59,1 por cento dos eleitores deixaram claro o apoio às propostas de energia verde do Governo suíço.
Em cima da mesa está uma nova lei climática que pretende reduzir o uso de combustíveis fósseis e atingir emissões líquidas zero de carbono até 2050.
O Executivo afirma que a Suíça precisa de proteger a segurança energética e o meio ambiente do país perante o rápido degelo dos glaciares nos Alpes.
O país perdeu um terço do volume de gelo entre 2001 e 2022.
A lei exige uma mudança da dependência de petróleo e gás importados para o uso de fontes renováveis.
A participação dos eleitores nos referendos situou-se nos 42 por cento.
Alternativas amigas do clima
Os opositores argumentaram que as medidas propostas aumentarão os preços da energia. No entanto, quase todos os principais partidos da Suíça apoiaram o projeto de lei, exceto o Partido do Povo Suíço. Este partido da ala direita desencadeou o referendo depois de se opor aos planos do Governo.
Em 2021, a Suíça associou-se a quase 140 países que assinaram um acordo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para estabelecer uma percentagem mínima de um imposto para grandes empresas .
Karin Keller-Sutter, ministra suíça das Finanças, elogiou a "taxa de aceitação muito forte" do plano de dotar a constituição para que a Suíça possa aderir ao acordo.
Em cima da mesa está uma nova lei climática que pretende reduzir o uso de combustíveis fósseis e atingir emissões líquidas zero de carbono até 2050.
O Executivo afirma que a Suíça precisa de proteger a segurança energética e o meio ambiente do país perante o rápido degelo dos glaciares nos Alpes.
O país perdeu um terço do volume de gelo entre 2001 e 2022.
A lei exige uma mudança da dependência de petróleo e gás importados para o uso de fontes renováveis.
O glaciologista suíço Matthias Huss, que acompanha o recuo das áreas geladas, elogiou no Twitter o "forte sinal" enviado pela votação no referendo de domingo. Huss disse estar "muito feliz porque os argumentos da ciência do clima foram ouvidos".
Os eleitores também apoiaram a adoção de um imposto mínimo global de 15 por cento para corporações multinacionais num segundo referendo, que expressou a vontade favorável de 78,5 por cento de suíços.
Alternativas amigas do clima
A Suíça importa cerca de três quartos da sua energia. Todo o petróleo e gás natural consumidos provêm do estrangeiro.
As preocupações com a dependência da Suíça de fontes externas de energia aumentaram desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia colocou em dúvida o acesso suíço a grande parte da energia estrangeira.
O projeto da lei climática assenta num apoio financeiro de dois mil milhões de francos suíços (perto de 2,2 mil milhões de euros) ao longo de uma década.
O programa promove a substituição de sistemas de aquecimento a gás ou óleo por alternativas favoráveis ao clima e 1,2 mil milhões de francos suíços para impulsionar as empresas no curso da inovação verde.
Karin Keller-Sutter, ministra suíça das Finanças, elogiou a "taxa de aceitação muito forte" do plano de dotar a constituição para que a Suíça possa aderir ao acordo.