Rodoviária Entre Douro e Minho espera greve com pouco efeito

A Rodoviária de Entre-Douro-e-Minho considera que a greve convocada para o período entre as 03:00 e as 10:00, nos dias 8 e 9 de Junho, não deverá ter consequências significativas, disse um administrador da empresa à Lusa.

Agência LUSA /

"A Rodoviária de Entre-Douro-e-Minho garante os serviços de longa distância, rede expresso e volantes especializados", disse a mesma fonte.

"A greve só deverá ter efeitos em casos muito pontuais e desde já lamentamos eventuais incómodos para os clientes", acrescentou.

A greve foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos (Festru), devido a questões salariais, ao bloqueio das negociações, à integração de trabalhadores nos quadros e à estratégia da Transdev (grupo a que a empresa pertence).

O mesmo administrador da Rodoviária de Entre-Douro-e-Minho afirmou à agência Lusa que a administração da transportadora tem estado a negociar com os sindicatos.

"Já se realizaram cinco reuniões este ano e a próxima está marcada para dia 12, na próxima segunda-feira", disse.

Contactado pela Agência Lusa, o dirigente da delegação de Braga da Festru, Filipe Arantes, disse que a paralisação vai afectar, em particular, os transportes escolares, bem como algumas carreiras regulares.

"Para ter motoristas para os `expressos`, a administração vai ter de recorrer aos de outros transportes, como os escolares", sublinhou, frisando que prevê uma adesão significativa que só não será total devido à existência de vários trabalhadores com vínculos precários.

Filipe Arantes justifica a greve com a intransigência da empresa em negociar um acordo laboral, facto que atribui "a uma política deliberada de acabar com os contratos de trabalho e com as negociações colectivas para melhor poder retirar os direitos dos trabalhadores".

A Festru acusa, ainda, a firma de recorrer, de forma sistemática, a motoristas com contratos a termo certo, a quem impõe, "que ganhem apenas quando estão a conduzir".

"Um motorista está todo o dia ao serviço da firma, mas só ganha se o autocarro estiver a andar", salientou, considerando tratar- se de "verdadeira exploração de quem precisa de ganhar a vida".

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