Rui Vilar e Luís Palha da Silva só entram para a administração quando empresa for privada

Lisboa, 28 mar (Lusa) - O ex-presidente executivo da Jerónimo Martins, Luís Palha da Silva, e o ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar, apenas vão integrar o conselho de administração da REN quando a empresa tiver capitais maioritariamente privados.

Lusa /

"Os administradores independentes Emílio Rui Vilar e Luís Palha da Silva declararam pretender proceder à aceitação do respetivo cargo após a conclusão da segunda fase de reprivatização da REN", informou hoje a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os dois gestores só vão assumir as funções a gestora das redes energéticas nacionais quando se concretizar a entrada dos chineses da State Grid e os árabes da Oman Oil Company, que compraram uma participação de 40 por cento da REN, isto é, quando a empresa deixar de ter capital maioritariamente público, o que deverá acontecer "em abril ou em maio", segundo adiantou à Lusa fonte ligada ao processo.

A decisão dos dois gestores foi tomada depois dos acionistas da REN terem escolhido os novos órgãos sociais para o triénio 2012/14, na assembleia-geral de terça-feira, que aprovou uma comissão executiva reduzida a três membros, liderada por Rui Cartaxo, e um conselho de administração com 15 membros, onde têm assento os chineses da State Grid e os árabes da Oman Oil.

Há um ano, quatro administradores não executivos da REN -- Filipe de Botton, Luis Atienza, Manuel Champallimaud e Gonçalo Oliveira -- renunciaram ao cargo por terem sido sujeitos ao regime de gestores públicos.

O presidente da Logoplaste, Filipe de Botton, que detém 8,4 por cento da REN, através da EGF -- Gestão e Consultoria Financeira, disse à Lusa que pretende reassumir o cargo de administrador não executivo, quando a empresa deixar de ser pública.

"É minha intenção regressar à administração da REN assim que o negócio estiver fechado", afirmou à Lusa Filipe de Botton, que suspendeu funções há um ano por ter sido equiparado a gestor público pelo Tribunal Constitucional, referindo-se à concretização da entrada dos novos acionistas, em que a REN deixará de ser uma empresa de capitais maioritariamente públicos.

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