Ryanair teve 23 voos cancelados de 15 mil na última semana

Lisboa, 09 out (Lusa) -- A companhia aérea de baixo custo Ryanair informou hoje que dos 15 mil voos operados durante a semana passada, 23 foram cancelados, 21 dos quais devido a uma greve do pessoal de assistência em terra, em Pisa, Itália.

Lusa /

Em comunicado, a companhia acrescentou que os restantes cancelamentos se deveram a condições climatéricas, notando ainda que a "pontualidade manteve-se em valores extremamente positivos, de 97%".

Quanto aos cancelamentos anunciados para setembro e outubro, a companhia referiu que a totalidade dos 315 mil clientes foi notificada das alterações por correio eletrónico e que mais de 311 mil remarcações ou reembolsos foram processados (99% do total de clientes afetados).

"Os restantes 4.000 clientes (1%) ainda não entraram em contacto com a Ryanair", lê-se no comunicado divulgado hoje, no qual se refere ainda que quanto a alterações já anunciadas quanto ao horário de inverno (setembro a março) "todos os 400 mil clientes foram notificados da alteração do seu voo por email"

"Mais de 360 mil remarcações ou reembolsos foram processados (90% do total de clientes afetados)", segundo a Ryanair, que espera aumentar este valor até mais de 380 mil clientes (95%) até ao final desta semana.

Kenny Jacobs, diretor de marketing da empresa, repetiu desculpas e destacou o índice de pontualidade, garantindo que os clientes "poderão assim reservar as suas viagens a baixo preço confiantes de que não haverá risco de cancelamentos adicionais motivados por falha no planeamento do horário dos pilotos".

A companhia líder na Europa no setor `low cost` anunciou em 27 de setembro uma "redução" do "calendário de inverno", quando deixar de operar 25 dos mais de 400 aviões que compõem a frota, que atingirá 18.000 voos e 400.000 passageiros.

A Ryanair já tinha comunicado em 15 de setembro a suspensão de 2.100 viagens durante seis semanas, devido ao referido erro na distribuição das férias dos pilotos.

A empresa tem insistido que esta situação não foi provocada pela falta de pilotos, mas pelas falhas cometidas na elaboração dos mapas de trabalho dos pilotos.

Mesmo assim, o presidente executivo da companhia, Michael O`Leary, escreveu uma carta aos pilotos para lhes oferecer aumentos salariais e melhoria das condições de trabalho, com o objetivo de ficarem na transportadora aérea.

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