Salgado explica ida ao Parlamento com necessidade de defender reputação

O antigo presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES) está a ser ouvido na comissão de inquérito à gestão da instituição bancária.

Sandra Henriques /

Foto: Lusa

No arranque de uma intervenção inicial que deverá demorar mais de uma hora, Ricardo Salgado manifestou a sua disponibilidade para regressar futuramente ao Parlamento, se tal for entendido como necessário.

Salgado argumentou que nos últimos seis meses nunca teve a oportunidade de falar e “só por insistência dos jornalistas disse que estava a trabalhar para defender a dignidade e a honra da minha família e minha”.

“Um muito velho provérbio chinês diz que o leopardo quando morre deixa a sua pele e um homem quando morre o que deixa é a sua reputação. É também por isso que estou aqui convosco”, sublinhou.

O ex-líder do BES explicou que esta sua intervenção inicial resulta de uma “profunda reflexão que foi feita durante estes quase seis meses da situação em que me encontro”.

O antigo banqueiro prometeu ainda “enunciar os factos até 13 de julho, data em que cessei as funções de membro do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo e de presidente da respetiva Comissão Executiva”.

O presidente da comissão parlamentar, Fernando Negrão, avançou esta manhã que esta intervenção inicial de Salgado terá mais de uma hora de duração, e que só a seguir é que vai responder às questões dos vários partidos.

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