Salário médio suíço é três vezes superior ao português

Com um salário líquido anual médio de 98.573 dólares (77.600 euros), a Suíça lidera o ranking apresentado pela consultora Mercer que analisou os salários dos profissionais seniores. Portugal ocupa a vigésima primeira posição do grupo Europa, Médio-Oriente e África, com um salário líquido anual médio de 28.194 dólares (22.196 euros).

Christopher Marques, RTP /
Jose Manuel Ribeiro, Reuters

Comparando o caso suíço com o português, percebe-se que o salário anual é mais do triplo que o verificado em Portugal. Em média, cada português tem um salário base anual de 40.041 dólares (31.523 euros). No entanto, extraindo os respetivos descontos, apenas 28.194 dólares (22.196 euros) chegam efetivamente ao bolso de cada trabalhador, o chamado salário líquido. Os descontos equivalem a cerca 11.847 dólares (9.326 euros), o que representa cerca de 29% do salário base.

Na Suíça, o salário base anual é de 129.329 dólares (101.818 euros). Extraindo os descontos, cada profissional sénior recebe, em média, 98.573 dólares (77.604 euros), com as contribuições a representarem cerca de 24% do salário base. A Suíça é líder incontestável, com uma grande diferença em relação ao segundo qualificado: a Noruega com um salário líquido anual de 70.487 dólares (55.493 euros).

No continente americano, é o Canadá que oferece salários mais elevados: um salário líquido de 64.107 dólares (50.470 euros) superior aos 61.152 dólares (48.143 euros) que se verificam nos Estados Unidos, que ocupam o segundo lugar. Dos países analisados, a média dos salários para profissionais seniores mais baixa verifica-se na Índia (6.585 dólares, o equivalente a cerca de 5184 euros).

Os dados foram divulgados pela consultora Mercer. Foram analisados 72 mercados, organizados em três grandes regiões: América, Ásia Pacífico e o conjunto Europa, Médio-Oriente e África, em que se encontra Portugal. O estudo analisa os montantes dos salários base, dos salários líquidos mas também o custo total que cada colaborador representa para a empresa.

O trabalho da Mercer realça que o custo que um colaborador representa para a empresa é superior ao valor do salário base, devido aos descontos e impostos que cada trabalhador representa para a empresa. A França é o país onde a contribuição obrigatória do empregado sobre o salário base é maior: corresponde a 45,2% do salário base do trabalhador. O Brasil ocupa a segunda posição (35.8%), seguido da Bélgica (34.5%) e da Estónia (34%). No lado oposto, encontra-se a Tailândia, onde a contribuição obrigatória do empregador representa apenas 0.4% do salário base anual.
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