Sangria passa a ser património de Portugal e de Espanha

Qualquer produto etiquetado simplesmente como 'Sangria' na Europa terá de ter sido produzido num dos dois países da Península Ibérica, Portugal ou Espanha, determinou o Parlamento Europeu. Todos os outros países que também produzam a bebida deverão passar a especificar que se trata de "bebida aromatizada à base de vinho" seguindo-se obrigatoriamente a menção do país de fabrico.

RTP /
Dois jarros de Sangria. O Parlamento Europeu aprovou nova legislação que confere a Portugal e a Espanha o direito exclusivo de usar a denominação Sangria no mercado europeu Wikicommons

A proposta foi aprovada por 609 votos a favor, 72 contra e quatro abstenções no plenário de Estrasburgo, França. Insere-se na reforma das normas de etiquetagem e de proteção geográfica de produtos vitivinícolas aromatizados, que terá de ser adotada e implementada nos 28 nos próximos 12 meses.

A nova legislação, acordada após dois anos de negociações, defende que se possam aplicar "disposições particulares" no caso de produtos tradicionais, como a Sangria. Com as novas normas, os produtores espanhóis e portugueses passam a fabricar Sangria sob uma denominação exclusiva de ambos os países.

As novas regras são harmonizadas com os requisitos da Organização Mundial do Comércio, definem os critérios de reconhecimento das indicações geográficas e estabelecem regras para as já existentes.

A Sangria é basicamente feita com vinho, bebidas gasosas, açúcar e frutas. Serve-se muito fria e, normalmente mas nem sempre, acompanha uma refeição.
Tópicos
PUB