"Se fosse hoje não dava parecer sobre os gestores do Metro do Porto"

Lisboa, 06 dez (Lusa) - O presidente da comissão de recrutamento e seleção da administração pública (CRESAP), João Bilhim, disse hoje à Lusa que, se fosse hoje, "não teria dado um parecer" sobre a composição da administração do metro do Porto.

Lusa /

"O parecer sobre [a nova administração] o metro do Porto foi o nosso primeiro parecer e quem, num primeiro parecer, não sofre um processo de aprendizagem, que atire a primeira pedra", afirmou João Bilhim, admitindo que, "se fosse hoje, não teria dado parecer".

Em julho, a CRESAP foi chamada a pronunciar-se sobre a composição do novo conselho de administração do metro do Porto, tendo aprovado os quatro nomes, mas com reservas num caso, o que motivou, devido a, no final, toda a administração ter sido `aprovada`, várias críticas de diversos quadrantes.

"Numa manhã pediram-me parecer sobre quatro currículos, sendo que um deles tinha uma página A. De acordo com a informação que lá estava, apresentámos reservas. Disse ao membro do governo [do Ministério da Economia] que a comissão tem reservas porque não temos informação. Na altura, dei parecer, mas com reservas, e condicionado a receber mais informação, reabrimos o processo", explicou o presidente da comissão.

João Bilhim acrescenta que a comissão pediu "mais informação, que mesmo assim não chegou [não foi suficiente], e depois mandámos 12 perguntas à pessoa em causa, que foram respondidas de forma cabal". Conclusão? "Um indivíduo honrado revê a sua posição se vê que está errado", conclui o responsável.

A Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública (CRESAP) levantou, a 29 de junho, reservas quanto à designação de António José Lopes (indicado pela Junta Metropolitana do Porto para administrador executivo) e de António Samagaio (escolhido pelo Governo para não executivo) para a administração da Metro do Porto.

Pouco depois, a CRESAP reavaliou o currículo de António José Lopes e decidiu validar a nomeação. António Samagaio acabou por ver o seu currículo chumbado novamente e foi substituído por Miguel Sá Pinto.

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