Secretário de Estado "chocado" com IFADAP

O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Agricultura mostrou-se hoje "chocado" com o facto de o IFADAP em Vila Real continuar a pagar a renda das suas antigas instalações, que já não utiliza há mais de dois anos.

Agência LUSA /
DR

"Essa situação em concreto do IFADAP (em Vila Real) chocou-me e, nesse sentido, irei apurar o que se passou para que eventualmente se possam manter esses encargos sem termos a perspectiva ou expectativa de utilizar essas instalações", afirmou Carlos Oliveira, que falava no Peso da Régua, distrito de Vila Real, após uma reunião com o Conselho Regional da Casa do Douro.

Segundo notícias vindas a público esta semana, o IFADAP - Instituto de Financiamento ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas - de Vila Real, que mudou para novas instalações há cerca de dois anos, continua a pagar a renda das instalações antigas, sem que esteja a utilizar aquele espaço, isto na mesma semana em que se falou numa possível venda de património de institutos ligados ao sector agrícola para suster o défice orçamental.

O governante afirmou que teve conhecimento da situação na sexta-feira e salientou que já convocou o Conselho de Administração do IFADAP para segunda-feira "para resolver de imediato essa situação".

Referiu ainda que está a pensar em formar um grupo de trabalho que terá como função efectuar um levantamento "exaustivo e eficaz" de todo o "vasto património" que o Ministério da Agricultura tem espalhado pelo país.

Esse grupo de trabalho deverá "identificar a melhor utilização desse património em prol do país, do sector agrícola e do mundo rural".

Carlos Oliveira ouviu hoje as preocupações dos conselheiros da Casa do Douro e as dificuldades sentidas no escoamento e comercialização dos vinhos da região.

Apesar de referir que a interrupção do seu mandato poderá prejudicar a concretização de algumas medidas de apoio ao sector vitivinícola na região duriense, o secretário de Estado salientou esperar ter "ainda oportunidade de concretizar um conjunto de medidas".

Designadamente, "a concretização de negociações entre vários parceiros da região com a Administração Pública que podem de alguma forma resolver alguns problemas e poderão proporcionar maior conforto aos produtores desta região", frisou, acrescentando que essas medidas serão posteriormente anunciadas.

PLI.

Lusa/Fim


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