Seguradoras Unidas diz que defende mercado transparente após acusação de cartel

por Lusa

O grupo Seguradoras Unidas disse hoje que defende um mercado transparente e refere ter colaborado com a Autoridade da Concorrência prestando toda a informação solicitada, após a acusação de cartel de que é alvo com outras quatro seguradoras.

A Autoridade da Concorrência (AdC) acusou hoje cinco seguradoras de "cartel de repartição de mercado e fixação de preços" durante sete anos, com impactos nos preços dos seguros contratados por grandes clientes empresariais, nomeadamente em seguros de acidentes de trabalho, saúde e automóvel.

As empresas em causa são Fidelidade e Multicare (ambas do grupo Fidelidade, comprado pela Fosun em 2014 à Caixa Geral de Depósitos), Lusitânia (pertencente ao Montepio), a sucursal em Portugal da seguradora suíça Zurich e o grupo Seguradoras Unidas (do fundo norte-americano Apollo).

Em comunicado, a Seguradoras Unidas (resultado da junção da Tranquilidade - que era do BES - e da Açoreana - que era do Banif) disse que, ao longo deste processo, "colaborou com a AdC e prestou as informações solicitadas, no rigoroso cumprimento das normas de compliance e do seu Código de Conduta".

Na curta reação, a empresa acrescentou que "reitera o seu compromisso com os seus parceiros e clientes na defesa de um mercado transparente, profissional e orientado para as necessidades das pessoas, das famílias e das empresas".

Esta investigação da Autoridade da Concorrência iniciou-se em maio do ano passado após denúncia de empresas que participaram no cartel, ao abrigo do programa de clemência, que prevê dispensa ou redução de multas.

As empresas podem agora apresentar a sua defesa.

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