Semapa dispara 25% e leva PSI para o "verde"

A bolsa de Lisboa negociava hoje em alta, com a Semapa a subir 25% para 21,25 euros, depois de o grupo ter anunciado a venda da cimenteira Secil avaliada em 1,4 mil milhões de euros.

Lusa /

Cerca das 09:30 em Lisboa, o PSI invertia a tendência da abertura e avançava 0,62% para 8.179,92 pontos, contra um novo máximo desde janeiro de 2010, de 8.484,01 pontos verificado em 05 de novembro, com nove `papéis` a subir, cinco a descer e dois a manter a cotação (CTT em 7,42 euros e Ibersol em 9,94 euros).

A Semapa anunciou hoje a venda da cimenteira Secil à congénere espanhola Molins, devendo o negócios concretizar-se no primeiro trimestre de 2026.

A Secil, fundada em 1930, "é uma das principais empresas portuguesas do setor cimenteiro, com presença internacional e uma trajetória de crescimento e criação de valor reconhecida no setor", refere a nota divulgada pela Semapa.

O grupo Semapa conta mais de 8.000 colaboradores e tem presença em quatro continentes, com mais de 75% do seu volume de negócios obtido em mercados internacionais.

Os títulos da Semapa fecharam na quinta-feira a subir 1,43% para 17 euros.

Às ações da Semapa seguiam-se as da Navigator, Altri e Mota-Engil, que também se valorizavam, designadamente, 2,04% para 3,10 euros, 1,85% para 4,41 euros e 1,22% para 4,99 euros.

Com a mesma tendência, as ações da Teixeira Duarte, EDP Renováveis e NOS avançavam 0,91% para 0,66 euros, 0,68% para 11,77 euros e 0,38% para 3,95 euros.

As ações da Sonae e da EDP também subiam, designadamente 0,25% para 1,61 euros e 0,08% para 3,86 euros.

Em sentido contrário, as ações da REN, Galp e Jerónimo Martins desciam 2,12% para 3,23 euros, 0,82% para 13,99 euros e 0,30% para 20,24 euros.

As outras duas ações que desciam de cotação eram as da Corticeira Amorim (-0,15% para 6,55 euros) e as do BCP (-0,02% para 0,88 euros).

As principais bolsas europeias estavam hoje quase estáveis e com tom misto depois da decisão do BCE de manter novamente as taxas diretoras em 2%, e o Banco da Inglaterra as reduzir em 0,25%.

A sessão de hoje deverá ser volátil devido ao vencimento de futuros e opções sobre índices e ações, a chamada "hora bruxa".

Na zona euro, será conhecida hoje a confiança do consumidor de dezembro e na Alemanha o dado de janeiro do índice GFK de confiança do consumidor, enquanto nos EUA o interesse estará voltado para o índice de preços do consumo pessoal (PCE, Personal Consumption Expenditures Price Index), medida primordial para as decisões de política monetária da Reserva Federal dos EUA (Fed).

Os futuros de Wall Street apresentam um comportamento misto, com uma subida de 0,34% para o Nasdaq e de uma descida de 0,02% para o Dow Jones.

O Banco do Japão (BoJ) elevou as taxas de juros para o nível mais alto em 30 anos, 0,75%, com um aumento de 25 pontos base.

O Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, para entrega em fevereiro de 2026, está a recuar, para 58,62 dólares, contra 59,82 dólares na sessão anterior.

O euro descia para 1,1715 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,1718 dólares na quinta-feira e o novo máximo de quatro anos, de 1,1865 dólares, verificado em 16 de setembro.

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