Aprovado após uma longa discussão e com 95 votos a favor e 28 contra (essencialmente votos da esquerda), o projeto de reforma prevê a possibilidade da Pemex, a empresa petrolífera estatal mexicana, ter contratos com investidores privados, nacionais ou estrangeiros, e de lhes conceder licenças de exploração ou de extração.

A reforma resultou de um acordo entre o Partido Revolucionário Institucional (PRI), do presidente Enrique Peña Nieto, e o Partido Ação Nacional (PAN, direita). O diploma será agora enviado para a Câmara de Deputados.

O Partido da Revolução Democrática (PRD), principal partido da esquerda, considera que se trata de uma "privatização" dos recursos energéticos, uma "traição" e uma submissão às companhias petrolíferas norte-americanas.

O setor petrolífero foi nacionalizado em 1938 pelo presidente Lazaro Cardenas.

Os apoiantes da reforma garantem que a empresa Pemex precisa de peritos externos para ultrapassar uma acentuada queda da sua produção, que passou de 3,4 milhões de barris por dia para 2,5 milhões atualmente.

O presidente do México já reagiu à aprovação da reforma salientando a sua importância.

"Esta reforma permitirá ao México aproveitar melhor os seus recursos para crescer economicamente e criar empregos durante os próximos anos", afirmou Peña Nieto no Twitter.