"Foi uma negociação difícil, feita de avanços e recuos e com cedências de ambos os lados", assinalou em comunicado Paulo Marcos, presidente do SNQTB, sublinhando que "a celebração deste acordo é um marco histórico para o setor bancário, que atravessa um momento particularmente complicado e pouco propício a uma negociação coletiva".

Segundo a FebSIBa, este acordo assinado com a Associação Portuguesa de Bancos (APB) a 14 de junho "assegura uma grande parte do núcleo fundamental dos direitos bancários".

Entre outras medidas, a estrutura sindical destaca a manutenção do SAMS Quadros, as diuturnidades por antiguidade, as promoções obrigatórias por mérito, o período normal de trabalho de 35 horas semanais, o prémio final de carreira, o pagamento de ajudas de custo e retribuição de isenção de horário, os 25 dias de férias, a concessão do crédito à habitação bonificado e a atualização da tabela salarial, cuja última revisão datava de 2010.

"Refira-se que a proposta inicial das Instituições de Crédito (IC) previa o fim dos automatismos do ACT - como as diuturnidades, promoções obrigatórias e prémios de antiguidade -- a alteração do modelo de financiamento do SAMS e a reversão para o regime minimalista do código de trabalho", salientou a entidade.

A 14 de junho, a federação dos sindicatos do setor financeiro (FEBASE) e as instituições de crédito já tinham anunciado a conclusão de quatro anos de negociações para alcançar um acordo coletivo de trabalho, que prevê um aumento salarial de 0,75% este ano e no próximo.

Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), Rui Riso, destacou que este acordo põe fim a um processo de negociações que levou quatro anos, mais de 50 reuniões e milhares de documentos trocados entre as partes.