Sistema Galileo avança mesmo sem o aval de Espanha - Mário Lino

Bruxelas, 29 Nov (Lusa) - O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, garantiu hoje, em Bruxelas, que o programa de navegação por satélite Galileo avança, mesmo com o voto contra da Espanha no Conselho de Ministros da União Europeia.

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"Todas as preocupações da Espanha estão reflectidas no texto de conclusões aprovado", garantiu Mário Lino, que hoje liderou uma maratona negocial que resultou na aprovação do projecto Galileo, que deverá estar em pleno funcionamento em 2013.

Lino falava na conferência de imprensa com que encerrou o primeiro dia do Conselho de Ministros dos Transportes, Telecomunicações e Energia da União Europeia.

Uma solução apresentada a Espanha foi a de ser instalado no país um centro de socorro e salvamento (safety of life center) mas o governo de Madrid queria um verdadeiro centro de controlo, à semelhança dos dois que ficarão na Alemanha e na Itália.

De qualquer modo, não ficou excluída a possibilidade de haver um acordo por unanimidade sobre o Galileo na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos 27 já no final da Presidência Portuguesa, no próximo mês.

Mário Lino assegurou também que os serviços jurídicos do Conselho Europeu "confirmaram que a aprovação por maioria qualificada tem toda a legalidade e conformidade".

"Ninguém votou com a consciência de que era contra a Espanha", salientou ainda.

A votação de hoje encerra um processo iniciado há sete anos e que permitirá desenvolver um sistema civil de navegação por satélite - Galileo - que envolve um total de 30 satélites e um orçamento de 3,4 mil milhões de euros.

Este sistema "virá a ser a ponta de lança tecnológica da Europa", destacou, por seu lado, o comissário europeu para os Transportes, Jacques Barrot.

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