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Sistema intermodal é fator de coesão para região metropolitana de Coimbra

por Lusa

A criação de uma entidade gestora do sistema intermodal de transportes para a região de Coimbra será um passo fundamental para uma futura região metropolitana, afirmou hoje o presidente da Comunidade Intermunicipal.

"Esta entidade intermodal de gestão dos transportes e a possibilidade de expansão de linhas de mobilidade por toda a região é um fator de coesão para a criação de uma região metropolitana", disse à agência Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIMRC), Emílio Torrão.

Na sexta-feira, foi apresentado e discutido o relatório de criação de uma Entidade Gestora do Sistema Intermodal de Transportes (AGIT), em Coimbra, na presença do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel.

O relatório tem como objetivo a criação de uma entidade que permita articular e subentender as três autoridades de transportes com competências na região de Coimbra: Governo (Comboios de Portugal e Metro Mondego), CIMRC e Câmara de Coimbra (Transportes Urbanos).

"A AGIT tem como objetivo baixar os preços, melhorar a qualidade de transportes, melhorar as rotas e percursos e ligar os concelhos, com um bilhete único que facilita toda a gestão", realçou Emílio Torrão.

Segundo o presidente da CIMRC, espera-se agora que o Governo crie a AGIT em diploma legal, tal como foi feito com as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.

Para Emílio Torrão, que também é presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, a criação do bilhete único para todos os 19 concelhos da região de Coimbra permitiria "promover o uso e prática do transporte público".

Sobre a possibilidade de afirmação de Coimbra como região metropolitana, Emílio Torrão realçou que uma entidade que articula e gere os transportes no território é um passo importante "para a afirmação" e reivindicação dessa designação.

"O Eurostat já nos classifica como região metropolitana, a única do país, com exceção do Porto e Lisboa. A afirmação de uma região metropolitana dar-nos-ia um poder negocial diferente, em particular nos transportes", vincou.

Se hoje 80% das verbas disponíveis para a mobilidade acabam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o reconhecimento de Coimbra como região metropolitana poderia combater essa distribuição de verbas, notou.

Emílio Torrão recordou que o reconhecimento de Coimbra como região metropolitana tem sido uma defesa sua desde o primeiro mandato, admitindo que este é um trabalho feito "tijolo a tijolo".

"Gostaria muito de concluir este mandato com essa vitória, mas não tenho essa pretensão. É um caminho que tem de ser percorrido, em parceria com outras instituições, como a Universidade de Coimbra, cujo reitor está concentrado nesse desígnio", assumiu.

Na segunda-feira, em reunião da Câmara de Coimbra, a vereadora com a pasta dos transportes, Ana Bastos, frisou que a apresentação na sexta-feira ao Governo do relatório sobre a criação de uma entidade intermodal de transportes foi um "primeiro passo" no sentido de se avançar para uma área metropolitana na região.

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