Situação da participada da Cimpor em Angola sem impacto nas acções
Os analistas do BPI referem hoje que a evolução do caso do afastamento da participada da Cimpor, a Scanang, dos órgãos sociais da cimenteira angolana Nova Cimangola, é neutra para as acções da empresa portuguesa.
A Cimpor anunciou na quinta-feira que vai avançar com "procedimentos judiciais" contra o afastamento da sua participada Scanang dos órgãos sociais da cimenteira angolana Nova Cimangola, da qual detém 49 por cento.
Na assembleia geral de 24 de Janeiro da cimenteira angolana, a Scanang, adquirida pela Cimpor em Novembro de 2004, foi afastada dos órgãos sociais da Nova Cimangola, procedimento que a cimenteira portuguesa considera ser "contrário à lei e aos estatutos" [da empresa].
A Cimpor afirma ainda que na mesma assembleia geral tomou conhecimento da interposição de uma providência cautelar que pretende suspender os efeitos da compra da Scanang pela Cimpor.
A informação do BPI aponta que o Tribunal Superior de Angola está a estudar as aquisições feitas pela Cimpor naquele país argumentando que violam a lei angolana.
Em Novembro de 2004, a cimenteira portuguesa comprou aos grupos Holcim e HeidelbergCement a Scanang, sociedade-veículo para a aquisição de uma participação de 49 por cento na Nova Cimangola.
Os outros accionistas da Nova Cimangola são o Estado angolano, com 39,8 por cento, e o Banco Africano de Investimento, com 9,5 por cento.
Cerca das 12:15, as acções da Cimpor seguiam inalteradas na Euronext Lisboa, nos 4,77 euros.