Na origem da decisão da SLN está o facto de ao longo dos anos as administrações de Oliveira Costa terem cometido diversas irregularidades que resultaram em perdas superiores a 700 milhões de euros sem que o supervisor do sistema bancário tenha agido.

Os investidores da SLN, que detinha na totalidade o BPN até à nacionalização do banco, dizem que já há consenso entre os investidores no sentido de processar o Banco de Portugal, pelo que apenas falta uma decisão formal.

A SLN detém centenas de empresas e emprega seis mil pessoas em vários sectores de actividade como a indústria agro-alimentar, a indústria cimenteira, o imobiliário e o turismo.

Nacionalização do BPN obriga a repensar estratégia da sociedade

Após o Governo ter decidido nacionalizar o BPN, no início de Novembro, Ministério Público e Banco de Portugal desencadearam um processo de investigação a alegadas irregularidades cometidas durante a gestão de José de Oliveira e Costa e que terão custado ao banco mais de 700 milhões de euros, deixando a instituição à beira do colapso.

Já no início deste mês de Dezembro, o Conselho Superior da SLN aprovou um plano proposto por Miguel Cadilhe, presidente do Conselho de Administração, e cuja estratégia consiste "em fazer parcerias e tentar o 'turn around' de parte do grupo, alienar as restantes actividades e destinar receita das vendas à redução dos passivos".

As áreas dos seguros, vinhos e software foram então apontadas como as áreas onde a venda seria privilegiada.