De acordo com Nuno Jordão, que falava durante a inauguração do novo CNO, a adesão dos trabalhadores do Modelo/Continente à iniciativa "ultrapassou as melhores expectativas", da empresa.

Segundo referiu, a forte adesão ao programa levou já à criação de uma "grande" lista de espera e está a acelerar a inauguração dos 17 pólos do CNO a criar na região do Grande Porto, 8 dos quais estão já operacionais.

A nível nacional, Nuno Jordão diz serem potencialmente abrangidos pelo programa Novas Oportunidades 19 mil dos 32 mil colaboradores da Sonae Distribuição, sendo intenção da empresa criar condições, em vários hipermercados do país, para ministrar a formação aos interessados.

O CNO de Gaia será, contudo, o único centro a criar na sequência do protocolo celebrado em Julho com a Agência Nacional para a Qualificação e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades, sendo a sua execução acompanhada por uma comissão constituída por representantes de cada entidade signatária.

Conforme referiu Nuno Jordão, a adesão da Sonae Distribuição à iniciativa governamental Novas Oportunidades surge como complemento ao já "intensíssimo programa de formação profissional" ministrado pela empresa, que coloca a qualificação dos recursos humanos entre as suas "maiores prioridades".

"Somos das 3/4 empresas que mais investe em formação no país", salientou, adiantando serem asseguradas 46 horas de formação por colaborador por ano, "bem acima do mínimo legal".

Os cerca de 400 Centros Novas Oportunidades actualmente existentes no país visam reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas pelos adultos ao longo da sua vida, conferindo-lhes um certificado com uma equivalência escolar ao 1º, 2º ou 3º ciclos do Ensino Básico e do Secundário.

Presente na cerimónia de inauguração do CNO da Sonae Distribuição, a ministra da Educação destacou a importância da adesão das empresas à iniciativa Novas Oportunidades.

"A Sonae é um exemplo para outras instituições na criação de condições para que os trabalhadores possam, conciliando a vida de trabalho e a de família, elevar e actualizar o nível de qualificações", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.

Na sua intervenção, a ministra salientou que "a melhoria da qualificação dos trabalhadores é importante não só para os trabalhadores, mas também para as empresas, que beneficiam dessa melhoria, e para o país".

O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, apontou este como mais um exemplo de como a iniciativa Novas Oportunidades "está a mobilizar as pessoas e as empresas".

"São já mais de 500 empresas que fazem parte da iniciativa Novas Oportunidades, embora nem todas tenham a dimensão para, como a Sonae, criar o seu próprio centro", afirmou.

Nesses casos, acrescentou, as alternativas passam por recorrer aos centros criados por associações empresariais ou aos centros das instituições dos ministérios da Educação e do Trabalho que têm protocolos de colaboração com empresas.

"Não é obrigatório uma empresa ter um centro para estar inserida nesta dinâmica, mas considero que há ainda muitas empresas que têm dimensão suficiente para criarem os seus centros", acrescentou Vieira da Silva.

Para o ministro, a iniciativa Novas Oportunidades tem "a enorme virtualidade de já estar a produzir resultados no imediato, mas ter como grande valor acrescentado o impacto que ter num período de tempo muito alargado".

"Não podemos estar à espera da renovação geracional quando temos uma grande parte da população activa e dos adultos jovens sub-escolarizados e sub-qualificados", sustentou.

PD.

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