O primeiro embarque de 1.600 bovinos, sendo 34 touros e o restante de novilhas, será realizado esta semana a partir do porto de São Sebastião, no litoral Norte do Estado de São Paulo.

A estratégia é realizar mais três embarques, no segundo semestre, o que elevará para 4.800 o total de bovinos exportados este ano para Angola.

"A guerra praticamente dizimou os rebanhos em Angola e estamos ajudando a repovoar o plantel", disse o responsável da Muguidjana, Frederico Alberto Rosseto, ao jornal Valor Económico.

Os bovinos exportados para Angola são provenientes da fazenda na cidade de Glicério, no interior do Estado de São Paulo, unidade responsável pelas investigações de melhoria genética do grupo português.

Os bovinos exportados são em sua maioria nelore, raça que melhor se adapta ao clima angolano, muito semelhante ao brasileiro, adiantou o responsável.

Em Angola, os bovinos serão distribuídos entre as propriedades que o grupo português mantém nas províncias de Kuanza Sul e Malange.

No Brasil desde 2002, o grupo português controla quatro propriedades rurais, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste, dedicadas à criação de gado de corte.

No ano passado, o grupo português exportou 3.300 bovinos para Angola a partir do Brasil, dentro da meta de atingir 50.000 bovinos exportados em cinco anos.

O objectivo do grupo português é repor o rebanho de corte que futuramente será utilizado para abastecer o mercado interno angolano, substituindo assim as importações de carne da África do Sul.

MAN.

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